Por escalação irregular, Chape é punida pela Conmebol e está fora da Libertadores

Luiz Otávio foi atuo contra o Lanús e marcou um gol na então vitória da Chapecoense; Conmebol deu os pontos ao time argentino
Fotos: AP Photo/Agustin Marcarian

O desfecho que a Chapecoense não desejava aconteceu. A Conmebol, no começo da tarde de ontem, puniu o clube brasileiro pela escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio, na partida contra o Lanús, pela quinta rodada do Grupo 7 da Libertadores. Com isso, a Chape está eliminada da competição continental – os pontos foram retirados da equipe brasileira e computados para o time argentino, com um placar de 3 a 0. Ontem à noite, portanto, a Chapecoense entrou em campo, diante do Zulia, apenas com a possibilidade de alcançar a terceira colocação do Grupo 7, e uma vaga na Copa Sul-Americana.
Com a punição, a Chapecoense terá sete dias para recorrer ao Comitê de Apelações da Conmebol. O sorteio das oitavas de final está marcado para o dia 7 de junho, em Luque, no Paraguai.
Toda confusão teve início minutos antes da partida em Buenos Aires, na última quarta-feira, quando o delegado da partida informou que Luiz Otávio – que acabou marcando o gol da vitória por 2 a 1 – não poderia atuar por sofrer suspensão de três jogos pela expulsão diante do Nacional – cumpriu o primeiro na final da Recopa, contra o Atlético Nacional. A Chapecoense alegou não ter sido informada oficialmente da punição e manteve a escalação.
O que é certo é que Luiz Otávio não esteve em campo ontem, na Arena Condá. Por conta da suspensão, o zagueiro ficou fora da lista de relacionados. Vagner Mancini terá o retorno de Andrei Girotto, que não encarou o Lanús, na vaga de Moisés Ribeiro. Na defesa, Nathan atuará ao lado de Grolli. Na estreia dos dois times na Libertadores, a Chape venceu o Zulia em Maracaibo, por 2 a 1.
O processo de julgamento realizado pela Conmbeol é bastante diferente do que acontece no Brasil. A Chapecoense não teve, por exemplo, possibilidade de realizar sua defesa de maneira oral, com a presença das partes. O critério utilizado pela instituição foi todo baseado em cima da defesa escrita protocolada. No entanto, a Chape solicitou a realização de uma audiência presencial, porém, não foi acatada.
Um dos advogados de defesa da Chape, Mario Bittencourt, explicou como foi feita a defesa da Chapecoense no caso.
“Nossa defesa está baseada no fato de que a confusão de envio de e-mails da Conmebol induziu a Chapecoense ao erro. No caso da comunicação da suspensão automática, onde já houve desencontro de informações, a troca de e-mails foi toda com o advogado interno do clube. Em seguida eles alegam ter enviado e-mail para outra pessoa do clube, que não o advogado, informando da suspensão de três jogos, frise-se, teoricamente no mesmo dia em que enviaram a resposta sobre a consulta da suspensão automática. Por que não enviaram ao próprio advogado que tinha feito a defesa da causa e estava habilitado?”, questionou o advogado Mário Bittencourt, contratado para defender o clube ao lado do corpo jurídico da Chapecoense.

Fonte: Globoesporte.com

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