Violência contra a mulher é discutida em audiência pública em Belford Roxo

A ex-chefe de Polícia Civil e atual deputada Martha Rocha com parte da Guarda Municipal de Belford Roxo
Fotos: Rafael Barreto/PMBR/Divulgação

Foi realizada ontem no Polo Cederj em Belford Roxo, a 1ª Audiência Pública referente à violência contra a mulher promovida pela Prefeitura, através da Guarda Municipal. Palestras ministradas por autoridades da área, como a deputada e delegada Martha Rocha discutiram e orientaram sobre a lei Maria da Penha, os tipos de violência, orientando os participantes de como proceder em casos de violência, a importância das políticas públicas de enfrentamento físico, patrimonial, social e psicológico. O evento foi aberto ao público. O inspetor geral da guarda, Leonardo David, destacou a importância em trazer a atenção de todos para as mulheres. “O objetivo hoje é de passar para a população a importância do combate da violência contra a mulher e auxiliá-las como proceder nesses casos, pois muitas são vítimas e não sabem de seus direitos, quem procurar e onde pedir ajuda”, disse o inspetor que falou ainda da criação da Patrulha Maria da Penha onde o corpo feminino da guarda vai atuar sempre no atendimento nos casos de violência contra a mulher, além de rondas periódicas.
A deputada e delegada, Martha Rocha, falou sobre os tipos de violência. “A violência pode ser física, aquela que deixa uma marca roxa, sexual, mais comum pelo estupro, patrimonial, aquela em que o agressor destrói patrimônios da vítima, moral, que mexe com a autoestima e psicológica, aquela que pode causar danos permanentes e inclusive levar a morte. Incentivar a mulher em participar mais da sociedade e da política é essencial para ela conhecer e defender seus direitos”, destacou a deputada que ainda informou que existem municípios que não tem um único atendimento para a mulher poder denunciar e tirar dúvidas e apoiou a criação da Patrulha Maria da Penha.

A delegada Tatiana Queiroz titular da Delegacia de Mulheres de Belford Roxo (Deam), falou sobre as denúncias recebidas. “A delegacia está a serviço da mulher e também de sua família, para aquelas que forem vítimas de agressão, denunciem e não se omitam, pois muitas ainda pensam que a relação explosiva e agressiva é normal e vivem na zona de conforto. Recebemos denúncias também de casais homo afetivos e transexuais”, informou a delegada.

A secretária municipal de Políticas para a Mulher, Ana Lúcia de Oliveira, a Pastora Aninha, disse que as mulheres estão cada vez mais tomando espaço na sociedade. “Cerca de um terço das famílias são sustentadas por mulheres. Estamos à disposição de todas que precisarem de atendimento e informações”, destacou a secretária. O subprocurador da Prefeitura, Luciano Barreto Filho, mostrou algumas leis de proteção contra violência e destacou a importância de enxergar as mulheres com dignidade. “A violência contra a mulher abala não só a ela, mas também toda a família”, disse Luciano.

O psicólogo Hugo Codasi disse que a educação desde criança influencia na questão abordada. “Se você é criança e vê seu pai bater em sua mãe, você toma aquilo como exemplo, pois você se espelha nos seus pais e acha que aquilo é certo. E muitas vezes a mulher não culpa o agressor, pelo contrário, o defende alegando que a pessoa não tinha a intenção”, informou Hugo.

A mesa foi composta pelo Inspetor Geral da Guarda Municipal, Leonardo David, a deputada e delegada Martha Rocha, a delegada da DEAM, Tatiana Queiroz, o secretário adjunto de segurança pública, Braulino Alberto Vieira, a representante da secretária de Assistência Social e Cidadania, Daniela Carneiro, a secretária executiva Hisolda Rodrigues, a secretária municipal de Políticas para a Mulher, Ana Lúcia, a Pastora Aninha, o subprocurador da prefeitura, Luciano Barreto Filho, o psicólogo Hugo Codasi, a diretora do Polo Cederj, Daisely Costa, e as vereadoras Kenia Santos, Enira Ranuzia e Cristiane de Carvalho.

error: Conteúdo protegido !!