Galeão: 60 fuzis apreendidos

Em entrevista coletiva ontem à tarde, o delegado titular da Delegacia Especializada em Armas e Explosivos (Desarme) afirmou que a Polícia Civil do Rio vai entrar com representação pedindo para que os 60 fuzis de guerra apreendidos no Aeroporto do Galeão sejam utilizadas por agentes do estado.
De acordo com Maurício Mendonça, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, a maioria das armas está com número de série raspado. Segundo investigadores, um brasileiro que mora em Miami, de onde as armas são provenientes, está sendo investigado. Ele que teria enviado o armamento.
A operação terminou ainda com quatro presos – dois moradores de Niterói, um da Baixada e um de Jacarepaguá. Segundo a corporação, são fuzis AK 47 (45 unidades), G3 (1 unidade) e AR 15 (14 unidades), vindos de Miami (EUA) dentro de containers junto com uma carga de aquecedores para piscinas. A investigação sobre as armas levou um ano e envolveu interceptações telefônicas.
O chefe de Polícia, Carlos Leba e o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, deram entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta sobre a apreensão.
“Estou tomado pela emoção e pela indignação. Mas tenho que agradecer o trabalho da Polícia Civil. Preciso dizer que estamos em estado de calamidade pública, oficialmente, com uma série de serviços suspensos e falta de RAS, o que não impediu que nossos policiais deem resposta à criminalidade. Eles demonstram amor à profissão e compromisso”, disse Sá, lembrando de pendências nos pagamentos de agentes.
Ainda segundo Sá, a investigação começou na Delegacia de Roubos e Furtos de cargas com a morte de um policial. “Quantas mortes não estamos evitando com essa apreensão?”, questionou. Posteriormente, Marcelo Martins, diretor de delegacias especializadas, explicou que a arma usada no assassinato do policial em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, também foi usada num roubo de cargas. A partir do levantamento da origem da arma, começou a investigação que culminou na apreensão desta quinta.
Ainda de acordo com Sá, nos últimos 150 dias, 250 fuzis apreendidos no Rio de Janeiro.

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