Justiça confirma vitória do prefeito Carlos Moraes em Japeri

Carlos Moraes criticou André Ceciliano, a quem classificou como “um principezinho, que pensa poder tudo na vida”
Geraldo Perelo/PMJ

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou na quarta-feira (31), por 7 votos a zero, o pedido de cassação da diplomação do prefeito eleito de Japeri, Carlos Moraes (PP) e do vice-prefeito, Cezar Melo. A ação havia sido proposta à Justiça pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) e a coligação “É hora de mudar”, encabeçada pelo candidato derrotado e deputado estadual André Ceciliano, do PT.
O colegiado acompanhou por unanimidade o voto da relatora do processo, desembargadora Jacqueline Lima Montenegro, que não viu amparo legal na acusação de improbidade administrativa feita pelos adversários. Foi a quarta derrota consecutiva de André Ceciliano nos tribunais, na tentativa de tirar Carlos Moraes da prefeitura. A medida agora é definitiva, sem mais direito a recurso.
Eleito em outubro de 2106, com 23.863 votos (44,17), para o terceiro mandato, Carlos Moraes lembrou que já havia vencido outras ações impetradas por André Ceciliano no Tribunal de Justiça e no Tribunal Regional Federal (TRF).
O prefeito acusou o grupo liderado por André Ceciliano de usar “todas as artimanhas possíveis e inimagináveis” para prejudicá-lo política e socialmente.
“Alegaram que tive contas julgadas irregulares pelo TCE, o que acarretaria na minha inelegibilidade. Depois, usaram a compra de uma ambulância e me colocaram na máfia dos sanguessugas. Invocaram ainda a lei da Ficha Limpa e me imputaram ato doloso para justificar suposta improbidade administrativa. Enfim, fizeram o diabo para me prejudicar. Esse moço é maligno, homem do mau, que não está preocupado com a comunidade, apenas com o seu próprio ego. Ou seja, é um cara diabólico, satânico, da pior espécie”, afirmou o prefeito.
“É uma perseguição desse rapaz, infundada, sem motivos. Ele é extremamente vaidoso, um principezinho, que pensa poder tudo na vida. Por isso, não aceitou o julgamento do povo de Japeri, que o rejeitou nas urnas. Também, não engoliu a minha vitória, plena e democrática”, desabafou o prefeito.
Carlos Moraes disse ainda que vem sendo vítima de perseguição do grupo de André Ceciliano, desde a campanha eleitoral de 2016.
“Primeiro, tentou tornar-me inelegível, depois investiu pesado na cassação da minha candidatura e, por fim, lutou com todas as forças para que eu não fosse diplomado prefeito. Queria, naturalmente, ocupar a minha cadeira”, frisou.

“Me deixem trabalhar em paz”
Carlos Moraes disse esperar que a decisão da Justiça dê um fim, vez por todas, à obsessão do seu adversário de insistir em perseguí-lo.
“Peço, pelo amor de Deus, que me deixem trabalhar em paz. Sou um tocador de obras, criativo, com vontade de acertar. Por isso, vou atrás e persigo os meus objetivos. Governo sempre voltado para a população. E eles têm ódio disso, porque também não querem ser superados, não querem sombra na região, já que estão acostumados a mandar, a ser poder. Só que o poder emana do povo e não deles”, afirmou.
Ainda na avaliação de Moraes, André Ceciliano deveria cuidar melhor de Paracambi, região que ele já governou como prefeito.
“O município dele, com 57 anos de existência, continua parado, estagnado, com um minguado orçamento de R$ 90 milhões, enquanto que Japeri, com apenas 25 anos de fundação, é uma cidade próspera, com um orçamento de cerca de R$ 300 milhões e em franco processo de desenvolvimento, atraindo empresas, gerando empregos, renda e riqueza para sua população”, afirmou.
Para o prefeito, André Ceciliano é um sujeito inconfiável, que perdeu apoio até da Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores, do qual é filiado. “O PT veio a público anunciar que iria suspender os direitos partidários desse rapaz, inclusive sua filiação, por traição aos princípios partidários”, observou.
“Estou, portanto, diante de garotão, bobo da corte, que perdeu todos os recursos nos tribunais. Acabou a palhaçada. Só cabe a ele, agora recorrer à ONU”, ironizou o prefeito, ao deixar o TRE no início da noite de quarta-feira, acompanhado de seus advogados.

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