O auditório da Rural de Nova Iguaçu ficou lotado durante o Seminário “Parque Nacional do Tinguá: Uma Visão do Futuro para a Baixada Fluminense”
Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
A 1ª Jornada Ambiental de Nova Iguaçu, iniciada no último domingo e que acontece até o próximo dia 10, prosseguiu ontem com a realização do Seminário “Parque Nacional do Tinguá: Uma Visão do Futuro para a Baixada Fluminense”. O evento, promovido no auditório da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), campus de Nova Iguaçu, contou com a participação de vários ambientalistas e entidades ligadas à Ongs de proteção à natureza e teve como público-alvo universitários dos cursos de Biologia e Geografia.
“Nosso principal objetivo é promover encontros e debates para que possamos refletir sobre o tema e chegar a uma solução sustentável, com um olhar social e econômico, não só sobre a Reserva Biológica de Tinguá, como para todas as áreas de preservação ambiental”, destacou o secretário de Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Fernando Cid.
Entre os principais temas debatidos durante toda a manhã estavam áreas rurais e agrícolas, ocupações irregulares, cinturão de proteção ambiental, saneamento do entorno da reserva e a intensificação dos programas de coleta seletiva.
Além do pró-reitor de extensão da UFRRJ, Roberto Lelis, e do secretário Fernando Cid, participaram da abertura do seminário a chefe da Reserva Biológica de Tinguá, Gisele Medeiros e a integrante da comissão da Pastoral da Terra, Sônia Martins. Um dos pontos abordados foi a situação dos trabalhadores rurais, que segundo Sônia, na maioria das vezes são vistos como depredadores.
“Precisamos de um trabalho conjunto e esses agricultores podem ajudar na preservação dessas áreas, pois só estão interessados em produzir. As ocupações rurais também são protagonistas nesse processo de preservação da natureza”, ressaltou a integrante da Pastoral da Terra.
As palestras contaram anda com a exibição de vídeos sobre várias áreas de preservação como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, que fica na divisa entre Rio e São Paulo. Segundo o gestor do local, Francisco Livino, a área tem mais de 100 mil hectares e recebe cerca de 600 mil visitantes por ano. O engenheiro florestal Beto Mesquita e os ambientalistas Jaime Rios, responsável pelos parques da Argentina, e Walter Behr, do Parque Nacional do Itatiaia, também levantaram questões relevantes e apontaram caminhos para o sucesso dos trabalhos de preservação ambiental.
