Ônibus é incendiado durante protesto fecha avenida na Zona Norte do Rio

A Avenida Edgard Romero, altura de Vaz Lobo, na Zona Norte do Rio, está fechada nos dois sentidos, na manhã desta quinta-feira, após um ônibus articulado do BRT ser incendiado por manifestantes no local. Mais cedo, um protesto havia fechado uma pista da via. Parte do comércio também fechou as portas.

A manifestação seria contra a morte de uma pessoa no local, após perseguição policial. Equipes do 9º BPM (Rocha Miranda) estão no local.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio pede que motoristas evitem a região: “ATENÇÃO: incêndio em ônibus fecha os 2 sentidos da Av. Edgard Romero, na altura da R. Manuel Machado, em Vaz Lobo. EVITE A REGIÃO”.

De acordo com o BRT, os serviços no corredor estão operando parcialmente. Os ônibus estão indo do Alvorada até o terminal Paulo da Portela. As estações seguintes não estão sendo atendidas.

Ainda segundo a concessionária, as depredações no sistema de BRT já somam, somente este ano, um prejuízo de R$ 2 milhões. No caso dos articulados, a situação não é diferente. Cada veículo custa, em média, R$1 milhão e pode demorar até 120 dias para ser entregue pelo fabricante. “No atual cenário de crise e perda de passageiros, especialmente agravado pela falta de reajuste tarifário, dificilmente esse veículo será reposto”, desabafou a diretora de Relações Institucionais do BRT, Suzy Balloussier.

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) repudiou o ataque ao ônibus do BRT, informando que, somente este ano, 58 ônibus já foram incendiados, 132% a mais que no ano passado. Desde o ano passado, 101 veículos foram queimados no Rio. O prejuízo do setor já ultrapassa os R$ 45 milhões e, segundo a Federação, não há viabilidade para a reposição dos veículos.

“Como não há seguro para esse tipo de sinistro, as empresas absorvem todo o custo de reposição; e os passageiros são os principais prejudicados com a redução da oferta de transporte. Diante dos graves efeitos do desequilíbrio econômico-financeiro das empresas do Rio com a não concessão do reajuste da tarifa, somada à crise financeira que reduz o número de passageiros e à recente escalada de ataques criminosos aos ônibus no Estado do Rio, não há viabilidade para a reposição dos veículos destruídos”, diz a Fetranspor.

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