Carlos Sandro de Oliveira, de 26 anos confessou ter agredido a criança com três socos
Fotos: Divulgação / Polícia Civil

“Ele claramente não estava (arrependido). Em momento algum chorou durante o depoimento. Na verdade, foi muita frieza da parte dele”. Foi assim que o delegado Willians Batista, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) classificou o crime praticado por Carlos Sandro de Oliveira, de 26 anos, contra a enteada Katielen Camila de Oliveira Santana, de apenas 2 anos, no bairro de Comendador Soares, em Nova Iguaçu. Carlos foi preso e autuado em flagrante no último sábado. Na delegacia, o acusado confessou ter dado vários socos na criança. Ele teria se irritado com o choro da menina.
“A criança foi dormir comigo. A mãe saiu. Aí começou a chorar. Eu fui e coloquei na cama. Aí ela ficou chorando e eu peguei e dei um soco nela para ela parar de chorar. Dei três socos nela. Estava descontrolado”, contou Carlos, que ao ser indagado se estava arrependido, disparou. “Muito”.
O crime aconteceu na casa da família. A mãe de Katielen havia saído e, quando chegou, ouviu do marido que a menina estava dormindo. O casal estava junto há 8 meses e a mulher não desconfiou da agressão à filha porque Carlos nunca havia tido um comportamento violento.
O delegado Willians Batista rebateu dizendo que o acusado não demonstrou arrependimento. Ele informou ainda que durante a noite, a mãe da criança acordou e viu Carlos próximo da menina. Ela teria perguntado o que ele estava fazendo perto da criança, mas o padrasto alegou que estava ‘dando um cheirinho’ na menina. “A gente não tem como saber se naquele momento ela já estava morta”, acrescentou o delegado.
Katielen teve fratura na costela laceração no pulmão. A causa da morte, de acordo com Willians, foi hemorragia interna. O delegado disse ainda que o padrasto já possui várias passagens pela polícia, por tráfico de drogas, porte ilegal de armas, receptação e associação ao tráfico. Carlos Sandro foi atuado foi homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel. Se condenado, ele pode pegar uma pena de 30 anos.

Casal preso por abandonar filho de um ano

Sergio Augusto dos Santos, de 38 anos e Mayara Ribeiro Miguel, 30, foram presos em flagrantes

Os crimes contra crianças na Baixada Fluminense não pararam por aí. Um casal foi preso pelo crime de abandono de incapaz, ontem de manhã, por volta das 5h. Sergio Augusto dos Santos, de 38 anos e Mayara Ribeiro Miguel, 30, foram levados em flagrantes para a 56ªDP (Comendador Soares). Segundo informações, a criança de um ano teria sido encontrada na porta da casa de um casal durante a madrugada, sem agasalhos e tremendo de frio. Eles reconheceram o bebê como filho dos vizinhos. Os policiais irem até a residência dos pais da criança, que alegaram não saber onde estava o filho e nem explicar como ele teria saído de casa.
Segundo a polícia, os pais já tinham sido denunciados por maus tratos e por isso já recebidos visitas de viaturas policiais em sua residência. A condução deles foi feita mediante um clima tenso e de comoção onde moradores da região tentaram agredir os acusados.
A criança, um menino, já está sob cuidados do Conselho Tutelar e de sua avó materna.