Fla e Palmeiras concentram um terço do poder de investimento no Brasil

Everton Ribeiro chega ao rubro-negro como uma das grandes estrelas do time
Agência Estado

Apontados como exemplo de gestão, Palmeiras e Flamengo concentram pouco mais de um terço do poder de investimento entre os 27 maiores clubes do país, de acordo com estudo do banco Itaú BBA divulgado ontem, em São Paulo. Em 2016, ambos somaram 38% da geração de caixa, com os demais dividindo os 62% restante.
De acordo com a análise, essa vantagem fica ainda mais evidente se consideradas apenas as chamadas “receitas recorrentes”, aqueles que levam em conta o dinheiro que entra de forma constante no cofre, excluídas, nesse caso, as vendas de atletas, cujos valores mudam muito de uma temporada para outra.
Nesse cenário, Flamengo e Palmeiras geraram R$ 237 milhões de caixa em 2016 (R$ 129 milhões dos cariocas, R$ 108 milhões dos paulistas), contra R$ 29 milhões dos outros 25 clubes estudados. Esse valor é do lucro antes dos juros, impostos e amortizações.
“Isso impacta em uma maior capacidade de investimento. A médio e longo prazo, em condições normais, os dois clubes deverão disputar os principais títulos”, afirmou o analista Cesar Grafietti, autor do estudo.
No caso do Flamengo, Grafietti destacou a gestão da atual diretoria, que usou os últimos anos para equilibrar as contas. O Palmeiras, além disso, ainda conta com ajuda de um forte patrocinador que, só em 2016, aportou R$ 100 milhões no clube.
“O Flamengo tem uma gestão exemplar do ponto de vista do controle de custos. O Palmeiras, se perdesse a Crefisa, perderia um pouco a capacidade de investimento, mas não de caixa. Conseguiria pagar suas contas”, disse.
Os clubes brasileiros bateram recordes de receitas no ano passado, com R$ 4,352 bilhões, um aumento de 20% com relação a 2015. A venda de direitos de transmissão continua com a principal fonte de dinheiro, com 49% do total. Publicidade (13%) e venda de atletas (12%) aparecem na sequência.
Os cartolas, porém, continuam gastando mais do que arrecadam. Em 2016, foram R$ 4,548 bilhões. Entre 2012 e o ano passado, os custos subiram 23%, enquanto no mesmo período as arrecadações cresceram 50%.
As dívidas totais ficaram praticamente estáveis entre 2015 e 2016: foram de R$ 6,204 bilhões para R$ 6,293 bilhões. (Fonte: Globoesporte.com)

error: Conteúdo protegido !!