Reginaldo ressalta importância de não levar gol

Zagueiro comemora triunfo sobre o Avaí sem ter a rede balançada e espera repetir a dose no choque de tricolores contra o São Paulo
Nelson Perez / Divulgação

Na manhã de ontem o Fluminense voltou ao Rio de Janeiro, após a vitória por 3 a 0 diante do Avaí em Florianópolis. Um dos destaques da partida foi o zagueiro Reginaldo, que disputou a bola com Maicon e ocasionou o segundo gol tricolor. Para o atleta, o melhor de ter vencido fora de casa, além dos três pontos, foi o fato do sistema defensivo não sofrer gols.
“Importância muito grande de não levar gols, é uma felicidade da parte defensiva de sair da partida sem tomar gol. Sem dúvida nenhuma, esses três pontos fora de casa são muito importantes para nós. Não só o Abel, mas tem uma cobrança interna de nós mesmos. Começamos bem o ano, tomando pouquíssimos gols e depois, tomamos bastante. Ontem, felizmente, retomamos essa façanha de encerrar a partida sem tomar gols”, comemorou.
Reginaldo também analisou os últimos jogos do Flu, que vinha de quatro resultados entre derrotas e empates. “Não vinha a vitória, dentro de casa perdemos pontos bobos. Independente se é diante do lanterna ou do líder, jogos fora de casa são sempre difícieis, mas graças a Deus, fomos felizes ontem e saímos de lá com a vitória. Acho que no início do jogo, nossa equipe estava meio desarrumada, mas depois, acertamos tudo, tivemos chances de ampliar o placar e acho que 3 a 0 está de bom tamanho”, comentou o atleta.
Sobre a escolha do técnico Abel Braga de escalar Reginaldo como titular, o zagueiro acredita que seja tudo fruto de seu esforço dentro e fora de campo. “Estou fazendo meu trabalho, abraçando cada oportunidade de poder estar entrando como titular e quero corresponder da melhor maneira possível, ajudar o grupo do Fluminense sempre”, declarou. O próximo desafio do Fluminense no Campeonato Brasileiro é novamente no campo do adversário. O Tricolor encara o São Paulo no Morumbi, domingo às 16h, pela nona rodada da competição.
Para Reginaldo, será um jogo difícil fora de casa. “O São Paulo vem de duas derrotas e, sem dúvida, eles são favoritos por jogar em casa. Mas vamos treinar e estudar bem o time, ver o que o professor tem para nos passar e, se Deus quiser, voltar de lá com mais três pontos. Vai ser um jogo difícil, mas esperamos ter a mesma façanha de ontem em Florianópolis”, disse o zagueiro.

 

Abelão também vibra com
a ‘virgindade’ da meta

Comandante tricolor ressalta a importância de vencer fora de casa com defesa sólida
Nelson Perez / Divulgação

Após o bom resultado de 3 a 0 contra o Avaí, fora do Rio, o técnico Abel Braga falou em entrevista coletiva sobre a importância desses três pontos. O treinador destacou a defesa tricolor, que não sofreu gols na partida.
>> Avaliação: “Tivemos a felicidade de marcar o gol. A vitória foi extremamente importante, assim como a importância de não tomar gol. Achei o jogo feio, meu time repetiu muito algumas coisas que não gosto, que fez ano passado. O coletivo estava enfraquecido, não estava com confiança necessária por causa das alterações. Jogamos muito para trás no zagueiro e goleiro, esse tipo de jogo eu não gosto.
>> Jogo – Gosto de triangulação, movimentação, gosto de transição, ataque-defesa. Alguns jogadores foram muito bem, principalmente no meio. Performance boa de posicionamento, mas não foi um grande jogo, achei o 3 a 0 exagerado. Não fizemos um grande jogo, mas estou feliz, estava precisando fazer gol, não sofrer e estava precisando dos três pontos.
>> Adversário – A estratégia nossa foi essa, quando enfrentamos uma equipe que subiu de forma muito boa, muito positiva de divisão ano passo e esse ano se encontra no último lugar, tem um peso. Já vivi isso na Ponte em 2003 e sei como fica a cabeça do jogador.
>> Falha do goleiro – Nós sabíamos que eles iam se atirar, Renato jogou aqui ano passado, mas não estávamos acertando o último passe do contra-ataque. Quando invertemos a posição do Richarlison com o Calazans, tivemos mais esse tipo de jogada, aproveitamos a falha, mas não se deve crucificar o rapaz (goleiro do Avaí), falhou como todo mundo falha.
>> Trocas – Ia trocar um jogador, ia começar justamente por esse aspecto de saber que o Avaí ia se atirar, fiquei na dúvida se começaria o jogo com Marcos Júnior por causa do contra-ataque. Mas depois optei por uma estratégia que não deu certo, que foi começar com Richarlison no lado direito. Depois troquei e encontramos o posicionamento dentro do campo, a equipe começou a fluir e tivemos chance de fazer mais gols.
>> Mascarenhas – Ele teve mais problema hoje do que na estreia. É garoto, tem coisas que a gente tem que ensinar e não sei se vou começar com ele no domingo. Será um jogo diferente, pois o São Paulo perdeu hoje e está precisando de resultado. Acho que vou começar com Léo, aqui é assim, não tem lugar fixo. É o segundo jogo consecutivo, porque ele não vinha jogando constantemente, jogou nos juniores, mas é bem diferente. Vou pensar, mas que ele está iluminado, disso não tenho dúvidas.
>> Lesões – O Lucas deu uma caída nos últimos jogos na parte física. Se eu forço a barra, o Wendel poderia ter jogado, mas poderia agravar a contusão e perder ele por três, quatro jogos. Então, prefiro perder em somente um jogo, domingo deve voltar, assim como o Lucas. Não vai ter grandes alterações. Não reclamo mais, boto a cabeça no travesseiro e penso: já estou no terceiro time, em seis meses, nove jogadores fora, óbvio que o coletivo vai abaixo.
>> Janela – Não tenho receio de nada no futebol, com certeza vai se perder alguém. Desde o início do ano, já tinha essa possibilidade de jogadores saírem em janeiro e não saíram, mas a gente acha que pelo menos um vai se perder. Paciência, vamos fabricar outro.

 

por Jota Carvalho

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