Sem atendimento médico na unidade do bairro há dois anos, população quer reunião com o prefeito Rogerio Lisboa
Fotos: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
A palavra filantropia é de origem grega e significa amor à humanidade. Mas este amor não tem sido demonstrado aos moradores de Rodilândia, em Nova Iguaçu. Há quase dois anos o posto de saúde e a creche do bairro, ambos filantrópicos, foram fechados, deixando a população sem atendimento médico e um lugar adequado para as crianças.
Segundo a líder comunitária Sheila Frazão, 56 anos, ambos os espaços eram geridos por Miguel Ribeiro, que também teria assumido a associação de moradores do bairro.
“Ele assumiu o posto, a creche e fechou. Além disso, fomos impedidos de participar de reuniões e votações da associação de moradores”, afirmou Sheila.
Mãe de Sheila, a aposentada Maria Dias Frazão, 76 anos, é deficiente visual e sofreu um AVC. Desde o fechamento do posto o atendimento que ela tinha perto de casa não é mais possível. “Fico na dependência de alguém para me levar ao Centro, mas nem sempre é possível e acabo ficando sem ir ao médico”, lamenta a idosa.
Cartaz divulgado em agosto de 2015 informava que o posto ficaria fechado somente por 30 dias
Fotos: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Já a dona de casa Gilsilene Santos de Oliveira, 25 anos, fala da dificuldade de levar os filhos para outras unidades de saúde do município. “Desde que o posto fechou, eu os levo no Vasco Barcelos, no Centro, até mesmo para tomar vacinas”, conta a jovem, que revela sua decepção com o atual prefeito de Nova Iguaçu.
“Quando o Rogerio Lisboa era candidato, ele veio aqui durante a campanha e prometeu que reabriria o posto imediatamente, se fosse eleito. Mas desde que tomou posse ele nunca mais apareceu aqui.”
De acordo com Sheila Frazão, a comunidade pretende criar uma comissão para conversar com Lisboa. “É um total abandono, principalmente desde que o Miguel tornou-se diretor/presidente da Fenig (Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu).
“Estamos pedindo que o prefeito atenda os anseios da comunidade e venha aqui ver as condições em que estamos vivendo”, pede a líder comunitária.
