Fla não repete escalação há meses

O time ideal do Flamengo, segundo o técnico Zé Ricardo disse, é o que estará em campo no jogo seguinte. Se a escalação é correta ou não, o fato é que desde a estreia na Libertadores, contra o San Lorenzo, em março, a equipe não se repete. Os onze titulares são um mistério jogo após jogo. Até agora, 32 atletas foram usados de início em 2017.

Fatores como rodízio do elenco por questões físicas, lesões, adaptações, convocações e até contratações podem ser levados em conta. Dentre todos, o que menos é visto na prática é a mudança de peças por conta do desempenho individual de um atleta em um jogo específico. E o mais ouvido recentemente é que as mudanças tem a ver com características dos adversários, mesmo em casa.

Zé Ricardo se mantém fiel a suas convicções e busca melhorar o desempenho com respaldo do comando do futebol, embora no clube e entre a torcida o questionamento não dê trégua. Justamente pelos critérios da meritocracia. A ascensão ao terceiro lugar no Brasileiro foi um alento, mas amanhã o time volta a disputar um jogo eliminatório, contra o Santos, pela Copa do Brasil.

A eliminação na Libertadores e a quase queda na mesma competição são fantasmas que estarão presentes. Sem poder escalar Éverton Ribeiro, Rhodolfo e Geuvânio, que chegaram após as inscrições da competição em abril, o técnico fará novas mexidas.

O time mais repetido no ano foi, curiosamente, o idealizado após as contratações de janeiro: Muralha, Pará, Vaz, Réver, Trauco; Rômulo, Arão, Diego, Mancuello, Guerrero e Everton. Essa escalação se repetiu sete vezes. Desde então, começaram as mudanças não obrigatórias, como a volta de Márcio Araújo, que passou a jogar ao lado de Willian Arão. Além de Réver e Rafael Vaz, este já barrado, os dois volantes são os atletas de linha com mais jogos — Arão tem 29 e Márcio tem 26.

A lesão de Diego na Libertadores levou a novos testes e improvisos. Everton também se machucou e os laterais chegaram a ser improvisados como pontas. E assim Zé permanece até hoje. Em busca do time ideal.

A chegada dos últimos reforços promete uma formação definitiva em breve, com Éverton Ribeiro, Rhodolfo e quem sabe Geuvânio. A força do elenco, sua qualidade, acaba muitas vezes obrigando a novas mudanças. Nesse cenário ideal, quem tem uma sequência ruim não tem como permanecer.

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