Montillo deixa o Botafogo e fala em aposentadoria

Apresentação de Montillo, em janeiro, teve festa e levou multidão a General Severiano. Ele chegou com status de ídolo
Vitor Silva / SSPress

Chegou ao fim, nesta quarta, a relação entre Montillo e Botafogo. Pouco mais de seis meses após se unirem cercados de expectativa, as partes se reuniram na sede de General Severiano para selar o acordo. Um divórcio amigável, mas que não deixa de ser frustrante. No encontro, o jogador, de 33 anos, deixou aberta a possibilidade de encerrar a carreira por conta das seguidas lesões.
Além do jogador e do empresário Sérgio Irigoitia, o encontro contou com a cúpula do futebol alvinegro. Fora do Rio de Janeiro, o presidente Carlos Eduardo Pereira não participou. Muito abalado com mais uma lesão muscular – a quinta em sua curta passagem pelo clube -, o argentino confidenciou à diretoria que não se sente no momento capaz de ajudar. Ele vai tirar um tempo para se tratar e avaliar a sequência da carreira. A aposentadoria é uma hipótese.

Depois de ter ficado apenas sete minutos em campo no jogo contra o Avaí, o meia resolver ir embora
André Durão / GloboEsporte.com

Montillo foi ao Estádio Nilton Santos na manhã de ontem e se despediu dos companheiros. Ele sequer foi examinado pelos médicos do clube. Estava decidido. Na saída, passou na Loja Oficial e comprou dez camisas. Seu empresário as buscaria no sábado. “Não estarei mais aqui” – confidenciou.
Montillo voltou a sentir a panturrilha aos sete minutos da derrota para o Avaí, na segunda-feira. Era a primeira oportunidade como titular após quase três meses. Os detalhes da rescisão ainda não foram acertados, mas a tendência é que o Botafogo apenas pare de pagar os salários do argentino. Ele tinha acordo até o fim do ano.
Desde a antepenúltima lesão, em 2 de abril, contra o Resende, o argentino se mostrava muito incomodado com a situação. A pessoas próximas relatavas nunca ter enfrentado tantos problemas físicos.
>> Nova lesão abala o jogador – Depois de ter ficado apenas sete minutos em campo no jogo contra o Avaí, na última segunda-feira, no Nilton Santos, Montillo ficou desolado. Chegou a se arrumar e se dirigir para ir embora junto com seus familiares, mas foi buscado por dirigentes no estacionamento. O meia precisava voltar porque foi sorteado para o exame antidoping.
Por conta da terceira lesão seguida na panturrilha, há suspeita de que seja um problema crônico. Na última sequência em que desfalcou o time, Montillo lesionou a coxa no dia 2 de abril, contra o Resende. Durante a recuperação, machucou a panturrilha. No total, ficou mais de dois meses fora. Tempo suficiente para ser questionado em redes sociais por torcedores, que o o acusaram de “estar roubando” o Botafogo.
Incomodado, o argentino ofereceu devolver ao clube os salários de abril e maio, mas a diretoria não aceitou. O camisa 7 foi a maior contratação do clube para a temporada, mas depois de três temporadas no futebol chinês vem tendo dificuldades de adaptação ao calendário brasileiro e não conseguiu até o momento corresponder em campo. Fonte: GloboEsporte.com

 

Lindoso confia em bom resultado
contra o Galo no Independência

“Mata-mata, requer poucos erros. Nossa equipe é experiente para saber supercar”, diz o jogador
André Durão / GloboEsporte.com

O Botafogo entra em campo nesta quinta-feira (29), para encarar o Atlético-MG, no Estádio Independência, em partida válida pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Mais uma decisão para o Glorioso, que já superou clubes tradicionais em outras oportunidades – a equipe passou por Colo Colo e Olimpia na segunda e na terceira fase da Conmebol Libertadores Bridgestone, além de eliminar o Sport nas oitavas do próprio torneio nacional.
Um dos jogadores mais experientes do elenco alvinegro, Rodrigo Lindoso comentou o momento do time, que precisa mudar de foco constantemente, uma vez que disputa três competições de alto nível. Confiante, acredita que o Glorioso está maduro para desempenhar o melhor papel nessas situações e vê todo o grupo preparado para decidir os confrontos, independente do regulamento. “Três competições diferentes, duas de mata-mata. A gente buscou isso, ano passado estávamos meio desacreditados e conquistamos coisas boas para chegar nessa situação. São jogos difíceis, todos fora de casa, mas temos feito boas partidas fora. É pensar um de cada vez. Sabemos lidar com isso, estamos preparados para fazer um grande jogo”, disse.
A respeito do retrospecto positivo do Botafogo sobre a equipe mineira, o volante minimizou as estatísticas e reforçou que estes números ficam do lado de fora do campo. De acordo com Lindoso, o Alvinegro precisa estar concentrado nas atuais armas do adversário e atento durante os 90 minutos para alcançar o êxito.
“Números não jogam. A gente acabou duas rodadas atrás num clássico com números negativos, fomos lá e quebramos esse tabu. Agora tem esse favorável, mas isso vai servir de motivação pra eles também. Cada jogo é uma história. Mata-mata, requer poucos erros. Nossa equipe é experiente para saber superar e fazer um bom jogo”, encerrou.

error: Conteúdo protegido !!