Comandante da PM diz que vai continuar atuando para excluir ‘traidores’

Durante entrevista no Centro Integrado de Comando e Controle, o comandante da Polícia Militar, coronel Wolney Dias, comentou a maior operação contra corrupção na PM. Ao lado do secretário de segurança Roberto Sá, Wolney disse que a corregedoria da corporação ajudou a Polícia Civil e o Ministério Público na investigação. E que a PM vai continuar atuando para excluir os traidores.

“Nossa corregedoria atuou como sempre atua e vai continuar atuando. Nossa instituição corta na própria carne. Nós não precisamos que nos ensinem a trabalhar. Nós sabemos fazer a nossa correição. Nós não queremos os maus PMs nas nossas fileiras. Se for preciso excluir 90, 900 ou 9 mil, pouco importa. Não queremos traidores na nossa instituição”, disse.

Por conta de uma investigação feita pela Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, que contou com a delação premiada de um delator do tráfico, o Tribunal de Justiça expediu 97 mandados de prisão em nome de policiais militares que atuavam em São Gonçalo, entre 2014 e 2016. Todos são acusados de receber propina para não coibir o tráfico de drogas em São Gonçalo.

A ação foi batizada de operação Calabar — em referência a Domingos Fernandes Calabar, considerado o maior traidor da história brasileira. Além dos PMs, a Justiça expediu também mandados de prisão contra traficantes. No total, são 184 mandados de prisão. O esquema movimentava cerca de um milhão de reais por mês.

Até agora, 54 policiais militares foram presos. Do total de PMs que estão com a prisão decretada 41 estão lotados atualmente no 7ºBPM (São Gonçalo), 20 no 12º BPM (Niterói) e 15 no 35º BPM (Itaboraí). O restante está lotado em outras unidades da PM.

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