Lisboa se reúne com mães da AACD de Nova Iguaçu

Divulgação/PMNI
Legenda: Rogerio Lisboa recebeu algumas mães de crianças atendidas na AACD para uma reunião em seu gabinete

Uma comissão formada por mães com filhos atendidos pela Associação de Assistência a Criança Deficiente (AACD) de Nova Iguaçu foi recebida na manhã de ontem pelo prefeito Rogerio Lisboa. Na pauta foram discutidas as soluções de parceria e apoio às mães com objetivo de evitar o fechamento da instituição, anunciado pela direção da AACD este mês com previsão de fechamento para setembro deste ano.
A AACD alega atrasos no pagamento dos repasses. Porém, durante o encontro foram apresentados documentos que comprovavam que a atual gestão municipal repassou esse ano cerca de R$ 695 mil para AACD referentes aos meses de janeiro, fevereiro e marco de 2017 e parte da dívida deixada pela gestão anterior. Elas são pagas de acordo com a apresentação do faturamento de produção. Segundo a prefeitura, desde março a AACD não apresenta faturas para que os repasses sejam feitos.
Segundo o prefeito, os atrasos existentes foram os deixados pela gestão passada, no total de R$ 1.571.422,35, referentes aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, sendo que parte deste valor, já foi pago pelo atual governo.
Depois do encontro, junto com as mães, o prefeito foi até a sede da AACD, no bairro Jardim da Viga, buscar mais um diálogo com a direção da instituição. A proposta é que a AACD cumpra o acordo assinado com a prefeitura em 21 de março deste ano, no qual a associação se comprometeu a continuar o tratamento até março de 2018.
Após este período, caso a AACD não renove o contrato, a prefeitura buscará um entendimento com o Governo do Estado para continuar o atendimento dos 230 pacientes, sendo 160 moradores de Nova Iguaçu. Segundo a prefeitura, a diretora da AACD, Luciana Martins, informou que irá avaliar a proposta e dará uma resposta nos próximos dias.
“A prefeitura quer que a AACD permaneça na cidade. Se a justificativa são os atrasos deixados pela gestão passada, a atual gestão se compromete a pagar, mas precisamos que a AACD cumpra o contrato. Se for preciso, vamos firmar este compromisso através de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta). O que não podemos permitir é que o tratamento de centenas de crianças seja interrompido. É uma política nacional da AACD fechar todas as unidades do país, mas vamos brigar para que isto não aconteça em Nova Iguaçu”, afirma Lisboa.

“Conselho está decidido a fechar a unidade”, afirma diretora

Depois do encontro com o prefeito Rogerio Lisboa, Gilcimeire Alves, 40 anos, que esteve acompanhada por cinco mães, disse ao Jornal de Hoje que “nada ficou decidido”. E acrescentou que Luciana Martins se mostrou irredutível. Segundo Gil, e diretora da AACD reagiu dizendo que “o Conselho da instituição, em São Paulo, não tinha mais interesse em manter o convênio e estava decidido a fechar a AACD em Nova Iguaçu”. Depois de muita conversa, ela resolveu levar a posposta de Lisboa ao conhecimento do Conselho gestor. “Como nada ficou decidido, nós vamos continuar lutando e organizando manifestações públicas contra o fechamento da AACD”, garantiu Gilcimeire.

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