Trabalhadores fazem protesto no Calçadão de Nova Iguaçu

Com bandeiras de sindicatos e partidos políticos em mãos, os manifestantes pediram a saída do presidente Temer
Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Representantes de várias centrais sindicais e partidos políticos fizeram manifestação na manhã de ontem, no Calçadão da Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Nova Iguaçu, contra o presidente Temer e seus projetos de reformas trabalhistas e da previdência. As manifestações ocorreram ontem em todos os estados do Brasil, pedindo cadeia para os corruptos e o afastamento de Michel Temer da presidência da República.
Dirigentes do sindicato dos comerciários em Nova Iguaçu, durante a manifestação, denunciaram que policiais usando veículo particular invadiram a sede da entidade, as 8h30, na Rua Barros Junior, 408, no Centro. Armados, pediam a identificação de todos que estavam na sede. “Nós resistimos, chamamos nosso advogado e eles foram embora”, disse Renato Gomes, 43 anos, da direção do sindicato.
De acordo com os manifestantes, a reforma da previdência muda para pior a vida e os direitos dos trabalhadores. Pois será preciso um mínimo de 25 anos de contribuição e 40 anos de trabalho, para o trabalhador se aposentar aos 65 anos, com salário integral. E a carga horária de trabalho torna objeto de negociação entre trabalhador e patrão, de forma que só o empresário leva vantagem.
As férias é outra questão em que o trabalhador perde, segundo os manifestantes. “Elas (as férias) poderão ser parceladas em até três vezes”, reclamam. O seguro-desemprego acaba. E só existirá se for negociado no ato do contrato, fator que não interessa nem ao governo e nem ao patrão. E mais: após sete meses de trabalho o patrão poderá demitir o empregado e, se quiser, poderá contratá-lo como terceirizado.

 

Por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)

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