Bebê baleado dentro da barriga da mãe segue em estado grave

O bebê que foi baleado dentro da barriga da mãe durante um tiroteio na Favela do Lixão permanece em estado grave, segundo o boletim divulgado pela Secretaria estadual de saúde, na manhã desta segunda-feira (3). A criança, que está internada no Hospital estadual Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, está paraplégica e com um coágulo na cabeça. O laudo também aponta uma lesão na vértebra, na altura do tórax.

A mãe da criança, Claudineia dos Santos Melo, apesar de estar lúcida e estável, ainda não há previsão de alta médica. Segundo o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, José Carlos de Oliveiras, que visitou a paciente na manhã desta segunda-feira, Claudineia ainda não sabe detalhes da tragédia que aconteceu com seu bebê, e a equipe de psicólogos do Hospital Moacyr do Carmo ainda está aguardando, junto à família, a hora exata de contar o que realmente aconteceu. “O marido conversou com ela e só disse que o bebê está no CTI. O prefeito de Caxias determinou que uma equipe com assistente social e psicologo dê total apoio aos familiares. Estarão ali para prepará-la e ampará-la no momento de contar o que ocorreu”, disse o secretário.

De acordo com José Carlos Oliveira, apenas o marido, Klebson Cosme da Silva, de 27 anos, e um primo têm comparecido ao hospital. A mãe de Claudineia, que mora na Paraíba, no Nordeste, ainda não chegou ao Rio.

“A paciente permanece internada na UPG (Unidade de Pacientes Graves) recebendo antiinflamatórios e analgésicos. Passou bem a noite”, afirmou ele.

O bebê estava no nono mês de gestação quando foi baleado na orelha e no ombro. O tiro entrou na coxa esquerda de sua mãe. Na ocasião, a mulher havia acabado de sair de um mercado quando começou um confronto entre traficantes da Favela do Lixão, onde mora, e policiais militares do 15º BPM (Caxias). Os PMs afirmaram , em depoimento na 59ª DP (Caxias), que foram atacados e não reagiram. Claudineia foi levada por moradores da favela para o hospital. Ela e o marido moram há um ano e meio na Favela do Lixão.

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