PF apreendeu 1,5 tonelada e R$ 15 milhões na operação que prendeu Cabeça Branca

A Polícia Federal divulgou nesta segunda-feira (3) um balanço parcial da Operação Spectrum, que resultou na prisão de um dos maiores de traficantes de drogas da América do Sul. Luiz Carlos Rocha, conhecido como Cabeça Branca, preso no sábado, foi um dos alvos dos 24 mandados judiciais que visavam a desarticular uma organização criminosa comandada por ele.

Na operação, os agentes federais apreenderam US$ 4,54 milhões, o equivalente a R$ 15 milhões, e cerca de 1,5 tonelada de cocaína. O dinheiro estava em uma residência e um apartamento em São Paulo. Já a droga era guardada em três endereços.

A PF ainda recolheu joias, carros, relógios, documentos e computadores que serviam à quadrilha. Como as equipes ainda estão em diligências, os bens e os valores apreendidos ainda podem aumentar.

O órgão estima, contudo, que o traficante possua US$ 100 milhões, incluindo contas bancárias em países fiscais, imóveis e veículos em nomes de laranjas. A intenção é recuperar esses dinheiro na segunda fase da operação.

Os mandados foram cumpridos em seis cidades: Sorriso (Mato Grosso), Londrina (Paraná), São Paulo, Araraquara, Cotia e Embu das Artes (as quatro em São Paulo). Cabeça Branca acumulava mais de 50 anos de prisão de condenações judiciais. Para driblar a Justiça, ele passou a viver sob o nome de Vitor Luiz de Moraes e realizar uma série de cirurgias plásticas para transfigurar o rosto. Sua identidade foi confirmada pelo setor de perícia da PF.

O chefe da organização criminosa responderá ainda pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa — o que podem acrescentar mais 20 anos de regime fechado às suas sentenças.

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