PMs detidos na Baixada por suposto envolvimento com traficantes

Policiais do Batalhão do Choque montaram uma base em Engenheiro Pedreira e apreenderam drogas e uma submetralhadora
Fotos: Divulgação / WhatsApp

Dois policiais militares foram presos em flagrante ontem, por suposto envolvimento com o tráfico de drogas durante a operação Estado Paralelo, da Polícia Militar, junto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Os PMs foram presos em casa, na Baixada Fluminense. De acordo com a polícia, foram apreendidos com eles vários celulares e anotações suspeitas.
Além dos policiais, outras 17 pessoas foram presas, sendo cinco traficantes.  A polícia também apreendeu sete armas (sendo dois fuzis), uma submetralhadora, três pistolas, 100 quilos de maconha e grande quantidade de pasta pura de cocaína. Durante a megaoperação, a polícia também descobriu que o tráfico ganhava dinheiro com a extração de areia. Um areal abandonado foi encontrado em Japeri e o Batalhão Ambiental foi acionado para desmontar o local. “Corrupção era o que esses PMs faziam. Agora, estamos trabalhando para descobrir quem seriam os outros integrantes dessa organização”, disse o promotor do Ministério Público, Fábio Corrêa.
A ação policial também se desenvolve nas comunidades de Parque União, Chapadão e em unidades prisionais de Japeri e Gericinó, com o cumprimento de ordem judiciais.
Em Engenheiro Pedreira, policiais do Batalhão de Choque montaram uma base e em operação na comunidade do Guandu, eles apreenderam uma submetralhadora calibre 9 milímetros, 170 trouxinhas de maconha, 100 de cocaína e um rádio transmissor.
Entre os denunciados estão o chefe da organização criminosa Ipojucan Soares de Andrade, conhecido como Coroa, ou JJ, que está preso desde agosto de 2015; o filho adotivo dele, Silvio Cesar de Jesus Esteves, o Silvinho; e Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres. Este último, mesmo preso desde outubro de 2013, assumiu o comando da quadrilha na região enquanto Coroa estava no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e sem comunicação por telefone com o grupo fora do presídio no complexo de Gericinó. Neste período ele ainda manteve o controle do tráfico no Morro dos Prazeres. Mais recentemente, o controle da organização passou a ser exercido do interior do presidio, por Robson Luiz Ferreira Mesquita, conhecido como 22 e também denunciado pelo MPRJ. Além dos três, também integra a denúncia Alan Camargo da Silva, o Gordão, responsável pela negociação de armas e munições para as comunidades de Japeri, e também suspeito de roubar veículos em Nova Iguaçu. A ação aponta ainda a trajetória de Breno da Silva de Souza, que migrou de uma facção criminosa para outra, ascendendo na hierarquia do tráfico. Ele ainda é suspeito de praticar roubos no Arco Metropolitano e nas regiões de Engenheiro Pedreira e Paracambi.

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