Derrota para o Botafogo foi no detalhe, analisa Abelão

“Nós temos que parar de dar presente para o adversário”, alerta Braga
Mailson Santana/ Divulgação

O Fluminense lutou, mas não conseguiu superar o Botafogo e foi derrotado por 1 a 0 na noite de quarta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Apesar do resultado, o técnico Abel Braga entende que o clássico foi decidido no detalhe e que faltou concentração ao Tricolor. O treinador já projeta o time que enfrenta o Coritiba, no próximo domingo, às 19h no Couto Pereira.
“Fica aquilo que a gente sabe que decide clássico, que é o detalhe, a concentração. Lamentamos o resultado, mas não podemos negar que não faltou luta. Um jogo que as equipes marcaram bem, foi crucial para nós dos 20 aos 45 minutos do segundo tempo. Erramos mais que o normal e facilitamos o contra-ataque do adversário. Mas vamos para domingo, não adianta, não pode ser diferente”.
Para o comandante, a partida teve características diferentes. “Começou muito bom para nós, Botafogo procurou fechar os espaços e fizemos eles correrem de uma lado para o outro. Dentro desse momento totalmente positivo, começamos a forçar a jogada e errar e o Botafogo a contra-atacar, jogando com mais jogadores no campo de ataque. Nós começamos a aceitar isso e se sucedeu uma série de erros de passes e eles são fortes na bola parada, aproveitaram. Jogador apareceu livre e cabeceou. Primeiro tempo terminou muito mal para a gente”, analisou.
“No segundo tempo, começamos a apertar mais, chegou um determinado momento que você proporciona o contra-ataque porque procuramos empatar o jogo. Quando se joga esse tipo de partida que o adversário se fecha muito bem, você tem que ter jogadores de criatividade e só consegui isso, o drible, quando tive dois meninos pelo lado, o Matheus Alessandro e o Calazans, mas foi pouco. O Botafogo defendeu muito bem.
O gol sofrido também foi motivo de observações por parte do treinador. “Nós temos que parar de dar presente para o adversário. Não posso tomar um gol desses, praticamente na linha da pequena área. O jogo, naquele momento, já era melhor para o Botafogo. No segundo tempo, tentamos colocar um jogador que é do drible para furar o bloqueio. Tivemos algumas boas jogadas do lado direito e consegui, de certa maneira. Mas para conseguir isso, tive de tirar o Pedro, que é mais de finalização”. Foi um jogo em que tivemos mais posse de bola, mas não me interessa a posse de bola. Minha equipe é rápida e joga com dois jogadores de lado. O passe errado é justamente por isso, o Botafogo fechava e marcava muito bem. O número de posse de bola e de passes talvez tenha sido o maior de todo o campeonato, quando se chega a 71% é porque está tocando a bola. Nós não conseguíamos penetrar e a opção foi colocar um jogador de drible pelo lado do campo. Mas são todos meninos, ficou sobrecarregado para o Richarlison na área também”, acrescentou.
O comandante disse que pretende mexer na equipe no próximo compromisso, domingo, frente ao Coritiba, fora de casa. “Tem alguns jogadores que tem que tirar um pouco, diminuir a carga de jogos. Você tem que ter grupo, senão é complicado”. “Perdi jogadores de muito peso no meu time. Não gosto de ficar falando isso, porque vai parecer desculpa. Não sei se meu time hoje com Sornoza e Douglas, se não vou ter mais agressividade e intensidade. Acho que sim, mas não posso garantir. Mesmo se estivessem em campo, poderia perder para o Botafogo, claro, é um grande time, é um clássico”, argumentou.
>> Wellington Silva – “Trouxe o Wellington e perguntei se estava bem para jogar e ele falou que estava, então, jogou. Tentou ao máximo, não teve uma grande atuação, assim como toda a equipe, mas não posso falar, porque acabou o jogo e não sei se está certo ou não está certo. Se é mais um que sai, vamos ver se chega alguém, a gente sabe que a janela é sempre cruel, mas são jogadores que cresceram muito esse ano”, finalizou

error: Conteúdo protegido !!