Moradores e comerciantes assustados com constantes assaltos no Bairro da Luz

Muitos assaltos estão acontecendo com frequência na Rua Jornalista Valcir Almeida. Próximo dalí, uma mulher teve o carro roubado
Fotos: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje

Três e quinze da tarde de quinta-feira (ontem). Mãe e filha dentro de um carro trafegam pela Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), na altura do Bairro da Luz, em Nova Iguaçu. Elas fazem o contorno na Rua Jornalista Valcir Almeida, quando menos esperam, são surpreendidas por um criminoso armado com um revólver, que rouba o veículo e foge. Traumatizadas, elas correm para dentro de uma loja. O crime, que acontece em plena luz do dia, não é um fato isolado. Dezoito horas antes, na mesma rua, um morador foi assaltado e têm o celular e o dinheiro roubados. De acordo com a população, o patrulhamento é precário na região.
“Estou licenciada da minha profissão de professora por um neurologista e agora me acontece isso. Estava vindo pela Estrada de Madureira quando ao contornar com o carro numa rua, fui abordada pelo criminoso. Ele vinha a pé e de repente parou ao lado do meu vidro e apontou a arma. Foi tudo muito rápido. Ele só não atirou porque eu e minha filha saímos na hora. Ele ainda gritou: ‘deixa a bolsa, deixa tudo aí’. Estou desesperada”, lamentou Elaine Cardoso da Silva, de 55 anos.
O carro dela, um HB20 vermelho de placa KWL 6282 não tinha seguro. A vítima registrou o caso na delegacia. Onde Elaine foi abordada, há um mês, um policial militar reagiu a um assalto e trocou tiros com os bandidos.
Segundo moradores do Bairro da Luz, a situação vem piorando com o passar do tempo por causa do aumento da violência nas comunidades que ficam às margens da Estrada de Madureira e são dominadas pelo tráfico, como Palhada, Danon, Jardim Nova Era, Dom Bosco, entre outras.
“Os traficantes de lá estão vindo roubar aqui nas proximidades da Unig. Estamos sendo vítimas desta violência. O patrulhamento aqui não existe. Principalmente durante à noite, quando as ruas ficam cada vem mais desertas. Estamos de mãos atadas”, criticou uma moradora que preferiu não se identificar.
A violência que assola a região está obrigando os comerciantes a mudarem seus hábitos. Alguns estão trabalhando com as portas das lojas trancadas e fechando mais cedo. “Nosso horário de fechamento é às 18h, mas estamos pensando em reduzir para às 17h. Estamos com medo, pois aqui no bairro não há segurança”, ressaltou a comerciante Joyce Beatriz Alves, de 21 anos.
A vendedora Belquice Reis teria visto o momento em que a professora Elaine Cardoso teve seu veículo roubado. “Ele (bandido) estava passando em frente a loja, como se estivesse observando o comércio local e o momento certo para atacar, quando apareceu a motorista. Foi um susto grande”, disse apavorada.

 

por Diego Valdevino
diego.valdevino@jornalhoje.inf.br

error: Conteúdo protegido !!