Como evoluir de forma consciente?

*Carlos B. González Pecotche

O processo de evolução consciente se define por sua particular característica integral. Desenvolve-se sob a fiscalização direta do entendimento e na plena consciência de cada um dos estados que se vão alcançando, o que significa que, em obediência a esse processo, o ser efetua por si mesmo as constatações de seu melhoramento.
A evolução inconsciente, que conduz os seres a um destino intranscendentes, cessa por vontade expressa do próprio ser, ao começar ele o processo de evolução consciente, auspiciado, estimulado e sustentado pelo auxílio constante do ensinamento logosófico.
A evolução consciente implica mudar de estado, de modalidade e de caráter, conquistando-se qualidades superiores que culminem com a anulação das velhas tendências e com o nascimento de um novo modo de ser.
O processo que a ela conduz é o caminho da superação humana pelo conhecimento, que amplia a vida, alarga os horizontes e fortalece o espírito, enchendo-o de felicidade.
No percurso desse caminho, o homem deve formar-se integralmente na consciência de seu caráter moral e espiritual, e o avanço que nele chegue a conquistar dependerá, em muito, do esforço e do grau que alcance na sua identificação com tão importante empresa.
O processo de evolução consciente obedece a um objetivo prefixado: vencer as limitações da ignorância e da perfeição, por intermédio de uma atitude vigilante a respeito de tudo o que penetra nos domínios da consciência, até abarcar, pela capacitação e pelo esforço progressivos, as mais apreciáveis áreas do entendimento. Em suma, a evolução consciente só se pode verificar sob um rigoroso exame dos pensamentos e dos atos, com vistas à seleção daquilo que mais a favoreça.
Sua realização torna imprescindível, pois, afastar cuidadosamente tudo quanto possa, afeta-la, devendo-se recorrer, pelo contrário, aos potentes estímulos que ajudem a substanciar a vida, proporcionando a cristalização daquilo que ainda permaneça em caráter de aspiração. Para conseguir isso, servirá de auxílio toda manifestação interna e externa que se harmonize com esse propósito.
O pintor fixa sua mente naqueles motivos que, ao inspira-lo, facilitam a execução de sua obra, e permanece atento a seus detalhes para poder reproduzir nela os múltiplos aspectos que a realidade lhe oferece. Busca o ambiente adequado e deixa-se absorver enquanto trabalha, pela corrente da inspiração que pugna por se perpetuar na obra; identifica-se, enfim, mental e espiritualmente com aquilo que tomou por modelo de sua ideação. De maneira semelhante deverá atuar quem aspire ao conhecimento, desde o instante em que começa seu processo de evolução consciente.

*Autor da Logosofia – Carlos B. González Pecotche – Centro de Difusão e Informação de logosofia de Nova Iguaçu

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