Legado das Olimpíadas é quase inexistente após um ano

Uma das propostas da prefeitura era ter no local, após a realização dos Jogos, uma escola para 850 crianças em horário integral
Fabio Rossi / Agência O Globo

Muitos fazem festa no primeiro aniversário, mas o clima que ronda as instalações olímpicas após um ano da abertura dos Jogos não é dos melhores. Exatos 365 dias depois do início da festa, o que se vê são instalações ociosas e muitas ainda aguardando um destino final. O planejamento do período pós-Olimpíadas não foi feito, e por isso, poucos eventos acontecem atualmente nas arenas do Parque Olímpico da Barra. Por isso, os vereadores da Comissão de Esportes e Lazer da Câmara Municipal do Rio resolveram ir até o local e verificar o estado de conservação dos prédios e áreas externas, e o que tem sido feito por lá neste tempo todo.
Os vereadores Felipe Michel (PSDB), Ítalo Ciba (PT do B) e Professor Célio Luparelli (DEM), estarão no local na manhã de sexta feira (10h), véspera do aniversário, que é dia 5 de agosto. A comissão fez diligências em todas as instalações entre os meses de março e abril, e uma audiência pública para mostrar o balanço do que viu e pedir explicações às autoridades competentes. Agora, resta ver o que aconteceu no período após estas ações.

A construção do Parque Olímpico
custou mais de R$ 2 bilhões

R$ 2,5 bilhões foi o custo do parque que deveria ser o maior legado deixado pelos Jogos à cidade. Já houve tentativas de passar a área à iniciativa privada, mas nenhuma empresa se interessou. O espaço receberá o Rock In Rio, em setembro. A gestão de quase todas as instalações é do Ministério dos Esportes, sob a tutela da AGLO (Autoridade de Governança do Legado Olímpico). O Centro Olímpico de Esportes Aquáticos e a Arena do Futuro, onde foi disputado o handebol, serão desmontados e remontados posteriormente. Inclusive, as piscinas e equipamentos já fora retirados. A Arena do Futuro seria convertida em quatro escolas municipais. A Arena 3 está sob gestão do município e, inicialmente, seria transformada em uma escola municipal especial com uso de área esportiva. Atualmente, o espaço está ocupado por equipamentos da equipe de Ginástica Artística, e foram montadas quadras de badminton, tênis de mesa e futebol de salão, para serem usados nos treinamentos das equipes e abertos ao público nos finais de semana.
Os prédios onde a imprensa trabalhou durante os Jogos foram construídos pelo consórcio Rio Mais. São instalações não esportivas privadas, cujo plano é o uso comercial. De acordo com o planejamento, futuramente, o lado leste do parque abrigaria o Centro Olímpico de Treinamento, formado por algumas das arenas e também um alojamento e uma pista de atletismo. No lado oeste, seriam erguidos prédios comerciais e residenciais, transformando a região em um mini bairro. O parque foi construído sobre o antigo Autódromo Internacional Nelson Piquet, que já havia sido modificado anteriormente para a criação da Cidade dos Esportes para os Jogos Pan-Americanos de 2007. A construção teve início em 2012, e durou 4 anos.
O Parque Olímpico da Barra fica na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Barra da Tijuca (Acesso por trás do Jeunesse Arena).

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