DHBF prende milícias que atuavam em três cidades da Baixada

Um verdadeiro arsenal foi encontrado por agentes da DHBF e suspeitos foram presos na operação, que aconteceu em três cidades da Baixada
Fotos: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje

Nove integrantes de três grupos milicianos foram presos ontem de madrugada por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A operação, em conjunto com outras especializadas e o Gaeco do Ministério Público visava coibir a prática de vários crimes, tais como extorsão, tráfico de armas e munições, corrupção ativa e passiva, agiotagem e vários homicídios praticados por uma milícia privada atuante nos municípios de Duque de Caxias, Belford Roxo e São João de Meriti.
Na operação denominada “Fake Fireman”, agentes apreenderam farto material bélico: quatro revólveres, nove pistolas, quatro espingardas, 35 carregadores de munições, simulacros e diversas munições de diferentes calibres, inclusive de armas de fogo de alta energia (fuzil). Ainda foram apreendidos seis veículos automotores e três motocicletas com indícios de adulteração, supostamente utilizados para a prática de crimes. Foram presos na operação: Noberto Oliveira da Costa, o Beto, Reginaldo Pereira Diniz, o Nego, Wagner Rosa Vieira, Manoel Cabral Queiroz Júnior, o Cabral, Nilson Freitas de Souza, o Boi, Paulo Pereira Alves Júnior, o Paulinho, Nilton Jesus da Silva, Silvio Santos de Jesus, o Burro e Roquelande Rodrigues da Silva Júnior, o Bombeirinho.
“Essa operação não iria acontecer hoje (ontem), mas como o serviço de inteligência da delegacia descobriu que havia um plano dos milicianos para matar um dos integrantes conhecido como Vagner, decidimos adiantar a operação. Ele seria assassinado pelo grupo de milicianos liderados pelo ‘Bombeirinho’. Encontramos um arsenal. Foi uma das maiores apreensão de nossa delegacia”, afirmou o delegado titular da DHBF Giniton Lajes.
Bombeirinho foi preso na casa da namorada. Ele estava dormindo e ao seu lado, estava uma farda de bombeiro, que ele usava para dizer que era militar.
Segundo o delegado assistente Luís Otávio, as investigações começaram após um duplo homicídio em maio do ano passado em Duque de Caxias. “A partir de um inquérito passamos a investigar essa milícia, que age em conjunto com outra milícia. Uma dava apoio a outra”, contou.

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