Governo federal cede área para criação de parque no Campo de Marte

O presidente Michel Temer assinou nesta segunda (7) um protocolo de intenções para ceder parte da área do Campo de Marte, zona norte paulistana, à prefeitura de São Paulo. No terreno, de pouco mais de 400 mil metros quadrados (m2), será criado um parque e instalado o Museu Aeroespacial Santos Dumont. A instituição terá um acervo composto por peças da Aeronáutica e da companhia aérea Latam, que vai transferir o material de que dispõe em em um espaço semelhante em São Carlos, no interior paulista.

O acordo faz parte de um processo para acabar com a disputa judicial envolvendo a área, que, segundo o prefeito João Doria, dura 60 anos. Depois de encerradas as pendências na Justiça, a Aeronáutica deverá tomar posse de todo o restante de área, cerca de 170 mil m2, onde atualmente funcionam hangares e um aeroporto.

“Já há vários aeroportos funcionais operando e novos, que serão implantados no entorno da região metropolitana de São Paulo. Já há Jundiai, Sorocaba e outros dois aeroportos que estão em vias de ser concluídos. Não há nenhum problema para acomodar a chamada aviação geral, nem a aviação de helicópteros. Apenas a Brigada Águia da Polícia Militar vai permanecer onde está”, ressaltou Doria, ao descartar que as mudanças causem problemas ao tráfego aéreo na capital paulista.

O prefeito aproveitou a oportunidade e pediu ao governo federal recursos para os programas de drenagem e de habitação e para programas sociais. “Também fizemos uma solicitação ao presidente Temer de um valor de R$ 100 milhões para investimento social, através do ministério comandado pelo ministro Osmar Terra [Desenvolvimento Social e Agrário], com quem temos trocado boas opiniões e ações efetivas na área de assistência às pessoas em situação de rua e que são usuárias de drogas.”

Durante a cerimônia, o presidente Michel Temer disse que o acordo é um exemplo da união e conciliação que tem tentado pôr em prática no plano nacional. “É inadmissível que brasileiros se joguem contra brasileiros. Nós temos que unir o Brasil. É claro que há dificuldades para isso. Há um emocionalismo hoje no país. E se eu e o João nos pautássemos pelo emocionalismo, talvez não se tivesse chegado a esse ato”, enfatizou.

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