PM é morto a tiros ao voltar da comemoração do aniversário da mulher

O que era para ser uma noite de celebração acabou ganhando contornos trágicos em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. O cabo da Polícia Militar Silvio César Lopes da Silva, de 39 anos, foi morto a tiros disparados por criminosos, no momento em que, acompanhado da mulher, retornava da comemoração do aniversário dela. O PM foi atingido na cabeça. O crime aconteceu por volta das 23h30m desta quarta-feira (9), na Rua Vila Nova. Com mais este caso, aumenta uma estatística violenta: sobe para 95 o número de policiais militares mortos no estado do Rio apenas neste ano.

De acordo com policiais militares, quatro bandidos armados teriam abordado o veículo onde estava o carro e anunciado o assalto, próximo à casa do PM. Em seguida, tiros foram disparados no local. Os integrantes do bando, que também estavam em um automóvel, fugiram em seguida. Ainda não há detalhes da ação: se o policial reagiu ou não à investida dos bandidos, por exemplo. Nenhuma arma foi encontrada com o cabo.

Ferido, ele foi socorrido pela própria mulher e também por outros moradores da região e levado para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, também na Zona Oeste, ainda segundo informou a PM. Silvio, que era lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

Durante a madrugada desta quinta-feira, familiares do cabo estiveram nno hospital, assim como colegas de farda. A mulher da vítima estava bastante abalada.

O subtenente do BPVE Magno Luiz da Silva descreveu o cabo Silvio, com quem já trabalhou, como um “excelente companheiro”. Ele esteve na unidade hospitalar em Realengo.

“Um dos melhores homens da Polícia Militar, um excelente companheiro. Tenho acompanhado nos grupos de WhatsApp, todo mundo lamentando, chateado e muito tristes. Um excelente profissional. Não foi só a família dele que perdeu, mas também a PM e a sociedade. A mulher dele está muito abalada. Uma cena muito triste. — disse o subtenente, que acrescentou:

“Era um policial que vestia a farda pela população. Já passou da hora de cada um pensar nessa sociedade em que vivemos. O tipo de guerra que nós enfrentamos, talvez não aconteça em um país em que haja guerra. Somos nós que enfrentamos isso. Precisamos do apoio da sociedade, da mídia e do judiciário, assim como (dos poderes) legislativo e executivo.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH).

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