Audiência apresenta mapa da saúde em Nova Iguaçu

O presidente Juninho do Pneu presidiu, junto com Fabinho Maringá, a audiência
CMNI/Divulgação

O secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Hildoberto Carneiro, participou, na manhã de ontem, de audiência pública, na Câmara de Vereadores (CMNI), para prestação de contas das ações da pasta no 1º quadrimestre deste ano. O relatório de gestão, referente aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2017, foi apresentado pelo superintendente de Atenção Básica, o sanitarista Carlos Alberto Souza. Hipertensão, diabetes e câncer continuam sendo as doenças que causam maior impacto no orçamento público. O envelhecimento da população e o surgimento de novos pacientes portadores de doenças crônicas, também. “Estamos focados na prevenção e na descoberta precoce de qualquer enfermidade. Isso garante qualidade de vida para a população e redução de custos”, explicou Carlos Alberto.
A previsão do orçamento da saúde diminuiu para R$ 390 milhões este ano. Em 2016, o número alcançado foi de R$ 428 milhões. A crise econômica que o país atravessa foi apontada como a grande responsável pela redução. Segundo o superintendente, a falta dos R$ 38 milhões significa menos R$ 3 milhões/mês para o Hospital da Posse, por exemplo. Toda a rede municipal conta 838 estabelecimentos de saúde: “Nossos recursos diminuíram, mas temos que dar conta de atender todo sistema público”. O fechamento da Farmácia Popular do Brasil, que era gerenciada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde eram vendidos medicamentos com preços mais baratos, também vem onerando a Secretaria. As internações somam, até abril deste ano, o número de 4.382, sendo 2.800 relativas à gravidez e parto. O município é o responsável por quase 50% do que é gasto com a saúde.
Marcação de Exames: Estudo piloto está sendo realizado para melhorar o sistema utilizado na Central de Marcação de Exames. Carlos Alberto explicou que as marcações estão em regime de progressão, com metas de uma a três semanas. “Já foram atingidas 20 unidades. Estamos trabalhando para que tenhamos um sistema eletrônico que controle todo o tratamento que o paciente está fazendo”, disse. O vice-presidente da Comissão de Saúde da CMNI, vereador Fabinho Maringá, falou sobre a visita que fez à Unidade de Saúde de Austin: “Verificamos que a marcação de consultas está mais rápida. Não existe mais a entrega de senhas. O paciente é atendido no dia que precisa”.
Um dos maiores responsáveis por mortes e internações, os acidentes envolvendo veículos, principalmente motos, sendo, em sua maioria, jovens as vítimas, foram lembrados durante a audiência como um tema que precisa de maior atenção. Cada leito de UTI custa, em média, por dia, R$ 3,5 mil, sendo que o Sistema Único de Saúde (SUS) só repassa R$ 900. O restante da conta é responsabilidade municipal. Thiago Pereira, diretor da presidência da CMNI, apresentou estatística, elaborada pelo Mapa da Violência, do IPEA, que diz que a cada 23 minutos um jovem morre por homicídio ou acidente de trânsito no Brasil. “Essa é uma discussão que deve estar na ordem do dia do governo. Precisamos mudar este quadro”, disse.
O secretário Hildoberto anunciou que o Ministério da Saúde ficará 26 dias em Nova Iguaçu, no mês de setembro, realizando inspeção. “Será um momento importante para apresentarmos nossas demandas e cobrarmos soluções. O não repasse dos recursos que deveriam ser feitos pelo Estado do Rio está ocasionando um estrangulamento na nossa saúde. Estamos nos redobrando para que vacinas e leites especiais não faltem para nossa população. A parceria do Legislativo com Executivo tem sido fundamental para conseguirmos resolver os problemas, mesmo com toda a crise”, afirmou.
O presidente Juninho do Pneu presidiu, junto com Fabinho Maringá, a audiência. Estiveram presentes os vereadores Paulinho da Padaria e Carlinhos BNH. A 1ª secretária do Sindicato dos Servidores de Nova Iguaçu e agente comunitária de saúde, Maria de Fátima Leal, e Glauco Morais, diretor do Fundo Municipal de Saúde, também participaram.

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