Ponto de táxis gera reclamações em Nilópolis

Com fileira de táxis à esquerda e pontos de ônibus à direita, motoristas têm apenas a parte central para trafegar
Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Entra e sai ano e o ponto de táxis, situado na Rua Getúlio Vargas, na porta de um supermercado, próximo à estação ferroviária, continua atravancando o trânsito da cidade e infernizando a vida de motoristas que se destinam a outras regiões da Baixada Fluminense.
Com a gigantesca frota de táxi estacionada de um lado da pista, sobra um estreito corredor do outro lado, para desafogar o intenso tráfego de veículos, principalmente ônibus e caminhões. Pedestres são atropelados e muitas colisões são registradas no trecho.
O motorista Claudomir Fernandes, 47 anos, estava irritado ontem, pois tinha pressa de buscar um parente em um hospital da localidade e encontrou dificuldade para atravessar aproximadamente 60 metros de congestionamento. “Entra e sai governo e essa baderna continua. Aqui a gente segue um metro e para. Não sou contra o trabalho de ninguém, mas esse ponto de táxi é responsável pelo congestionamento e a prefeitura deveria colocar o ponto em outro lugar. Isso é um absurdo”, reclama.
Thiago Muriate, 36 anos, é outro que sofre no trânsito da Getúlio Vargas. “Essa rua é uma das principais artérias de escoamento do trânsito, no sentido Nova Iguaçu. Nela, o tráfego é ruim o dia inteiro, no trecho de Nilópolis, e piora pela manhã, à tardinha e até a noite. O trecho vira um inferno. A prefeitura acabou com os pontos de ônibus que havia em frente a Av. Mirandela, na calçada da estação, mas privilegiou o ponto de táxi, que ficou no mesmo lugar. A m… fede do mesmo jeito”, desabafa.
Mas não é só motorista que reclama do congestionamento de veículos no trecho. “Já vi muita gente ser atropelada aqui, ao se misturar no meio dos carros para atravessar de um lado para o outro da rua. Os carros disputam espaço para vencer o engarrafamento. E nessa disputa, colide em outro carro ou atropela quem está cansada de esperar e atravessa”, relata a dona de casa Alzira Ferreira Cunha, 65 anos. “Eu não arrisco. Estou parada aqui há uns 15 minutos esperando a oportunidade de atravessar.”, completa. “Isso aqui tem hora que parece o trânsito nas ruas da Índia, onde carros, pessoas, bicicleta, cavalo, carroça e moto se locomovem em todas as direções”, ironiza o comerciário Leandro Vaz, 28 anos, lembrando da novela da TV Globo (Caminho das Índias). “Aqui nessa travessia, crianças, idosos, homens e mulheres, enfim, pessoas de todas as idades já foram atropeladas. Batidas de carros são frequentes. Todo mundo reclama que o ponto de táxi atrapalha, mas parece que a prefeitura não está nem aí”, conclui Leandro.

 

por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)

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