Documentos da Gestão Nelson Bornier são apreendidos

No imóvel do ex-prefeito de Nova Iguaçu, foram apreendidos ainda três computadores e mídias eletrônicas; No depósito, estavam torres de observação que teriam sido doadas pela Polícia Militar à prefeitura
Fotos: IG / Arquivo e MPE / Divulgação

O Grupo de Atuação Especializada em Combate à Corrupção (GAECC), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), apreendeu, na terça-feira (22/8), documentos de processos administrativos da prefeitura de Nova Iguaçu que estavam dentro do diretório municipal do PMDB e do Prona no município da Baixada Fluminense.
No imóvel, de responsabilidade do ex-prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier, foram apreendidos ainda três computadores e mídias eletrônicas. No depósito, também foram encontradas torres de observação que teriam sido doadas à Prefeitura para uso da Polícia Militar em eventos de grande aglomeração.
Segundo o GAECC/MPRJ, o fato de haver procedimentos administrativos acondicionados em local distinto à sede da Prefeitura merece ampla investigação, pois pode representar intenção de destruição ou extravio de documentos que podem ser necessários para apuração de possíveis atos ilícitos administrativos.
A ação, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, teve como base o procedimento de investigação criminal inicialmente instaurado na 10ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos de Nova Iguaçu, a partir de provocação do Núcleo de Tutela Coletiva do MPRJ.
>> Justiça pede informações – Ontem (23/08), o Ministério Público Estadual encaminhou ofício à Prefeitura de Nova Iguaçu, solicitando informações de processos administrativos que teriam sumido do município. O promotor Carlos Bernardo Aarão Reis da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva deu prazo de 30 dias para que a relação seja entregue ao MPRJ.
Em um levantamento preliminar, já encaminhado anteriormente ao MP, foram detectados mais de mil casos de processos quer teriam sido desviados da Consultoria Jurídica. Os documentos são, em sua maioria, processos oriundos do próprio Ministério Público Estadual, da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado.

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