Paz no Ninho: Aécio Neves diz que PSDB mantém apoio ao governo Michel Temer

O Palácio do Planalto deve ter sido a parte mais contente com a reunião do PSDB realizada ontem (24) entre lideranças do partido, da qual participaram os senadores Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati (CE), presidentes afastado e interino da sigla, respectivamente. Após o encontro, o mineiro declarou que “há paz no ninho tucano” e que seus correligionários deverão manter-se na base de apoio ao governo federal.
Aécio e Tasso tiveram um forte desentendimento após o programa eleitoral gratuito do PSDB, veiculado na semana passada, ter feito duras críticas ao atual modelo político vigente no país. Os tucanos possuem quatro ministros na gestão Michel Temer e a ala governista reclamou do tom e do fato de não sido consultado sobre a elaboração da peça publicitária.
Como a confusão, cogitou-se que Aécio reassumisse a liderança da legenda. Mas coube ao próprio desmentir, ontem, e dizer que Tasso é quem tem “as melhores condições para conduzir o partido até dezembro”, quando ocorre a convenção nacional do partido e a escolha do presidente definitivo da sigla.
“Tive ontem (quarta-feira, 23) uma conversa com Tasso. Nossas divergências foram superadas e continuamos em nossa trilha de construir um projeto para o país. Quando me licenciei, o fiz para preservar o interesse do partido. Fui eu quem sugeriu o nome do senador Tasso para a presidência do partido. Os pontos em que divergíamos estão superados”, garantiu Aécio Neves.
Ainda de acordo com o mineiro, a decisão tucana de apoiar Michel Temer e tirar Dilma Rousseff da presidência da República deu-se devido ao fato de o peemedebista ter assumido compromisso com as reformas. “A agenda de reformas se deu no momento em que defendemos o afastamento da presidente Dilma. Se apoiar um governo com baixa popularidade for o preço para que uma agenda das reformas que sempre defendemos seja implementada, acho que temos de pagar esse preço. Não estamos atrás de cargos ou de benesses de poder”, afirmou.
>> Reforma política – Aécio contou que, durante a reunião com os 27 diretórios estaduais do PSDB, o partido decidiu apoiar integralmente a cláusula de desempenho prevista na reforma política. “Vamos apoiar integralmente a proposta que estabelece a cláusula de desempenho de 1,5% a partir da eleição do ano que vem, acrescida de 0,5% a cada nova eleição nacional e a antecipação, já para o ano que vem, do fim das coligações proporcionais. A transição para o distrital misto em 2022, que o PSDB defende programaticamente, será feita de forma mais adequada.” (JB On Line)

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