Mudanças de Rueda no sistema defensivo surtem efeito

Técnico colombiano reforça sistema defensivo e dá mais segurança ao setor
Gilvan de Souza/Flamengo

Desde que o técnico colombiano Reinaldo Rueda assumiu o comando do Flamengo, na primeira partida das semifinais contra o Botafogo na Copa do Brasil, a defesa rubro-negra ainda não foi vazada. Além do empate sem gols naquela ocasião, o time venceu o Atlético-GO por 2 a 0, na Ilha do Urubu, pelo Brasileirão, e o Botafogo por 1 a 0, no Maracanã, pela partida decisiva de quarta-feira.
A última vez em que a equipe conseguiu terminar três ou mais jogos sem sofrer gols foi em fevereiro. No dia 16, vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, pela Primeira Liga. Três dias depois, goleada de 4 a 0 pra cima do Madureira, pelo Carioca. No dia 22, empate sem gols com o Ceará, novamente pela Primeira Liga. Já no dia 25, triunfo de 1 a 0 sobre o Vasco, pela semifinal da Taça Guanabara.
A nova série de jogos sem sofrer gols mostra que as mudanças de Rueda já começam a surtir efeito, principalmente pelo fato dos resultados terem sido obtidos em competições nacionais, com maior grau de dificuldade. O experiente zagueiro Juan, de 38 anos, um dos destaques no clássico de quarta, creditou a evolução no sistema defensivo ao trabalho realizado pelo novo técnico.
“Tem menos espaço para cobrir, né. Talvez a gente não suba com tantos jogadores para o ataque, a gente não chega com número grande como antes, não envolve o adversário como antes. Mas estamos mais consistentes e preservados lá atrás. Até porque do meio para frente temos jogadores capazes de decidir em um momento”, analisou Juan, após a partida contra o Botafogo.
Rueda prefere laterais mais recuados e postados na defesa, que não se exponham tanto ao ponto de deixar os homens da zaga no ”mano a mano” em caso de contra-ataque. Na vitória por 1 a 0 diante do Botafogo, Rodinei (na direita) e Pará (improvisado na esquerda) apareceram bem menos na frente.
A visão do novo treinador, inclusive, fez com que o então titular de ofício na esquerda, Trauco, ficasse no banco. O peruano tem características mais ofensivas e apresenta falhas na marcação.

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