Uma mostra cultural na Escola Municipal Doutor Deoclécio Dias Machado Filho marcou o encerramento da Semana de Educação Especial de Mesquita, na última sexta-feira, dia 25 de agosto. Os alunos do primeiro segmento se reuniram no auditório da unidade de ensino, onde desenvolveram trabalhos sobre o folclore brasileiro. As lendas sobe saci-pererê, Iara, bumba meu bói, curupira, lobisomem e o boto, por exemplo, foram contadas através de dança, contação de histórias e em fantasias e adereços usados pelos alunos.
Alunos com deficiência e ditos normais se dividiram entre as apresentações. O que faz a diretora de Educação Especial da Secretaria de Educação de Mesquita, Ilzani Santos, definir a escola como um espaço para todos. “Frequentar a escola regular é um direito assegurado para qualquer aluno. O evento da Educação Especial movimentou a comunidade escolar como um todo. Durante a semana, buscamos provocar a reflexão dos profissionais, para que dessa forma, possamos melhorar o espaço, estrutura, currículo e o diálogo com os familiares”, explica.
Brayan Manhãs, aluno do segundo ano, contou a história da onça pintada. Diagnosticado com autismo, o menino de oito anos é apaixonado por leitura e despertou o interesse de toda a turma pela literatura. “Temos que levá-lo com frequência para a biblioteca. Ele é uma referência para os colegas. Agora, todos os dias nós finalizamos as atividades com o Brayan contando uma história para a turma”, afirmou a professora Roberta Tostes.
O encerramento contou com a apresentação do aluno do oitavo ano, Carlos Gabriel, de 18 anos. Além de dançar, o jovem demonstrou manobras radicais com bicicleta. “O Carlos prova que não existe limitações. Mesmo surdo, ele mostrou grande desenvoltura e ritmo para a dança”, destacou Raquel Nascimento, diretora Escola Municipal Doutor Deoclécio Dias Machado Filho.
Fotos: Paulo Tauil
