Carro de PM preso com munição era monitorado pela polícia

O carro usado pelo policial militar Bruno Cesar da Silva de Jesus, preso na última segunda-feira com mais de 3 mil balas calibre 9mm, estava sendo monitorado havia uma semana pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na manhã do último dia 21, um homem foi abordado dentro do veículo, que é alugado, numa rodovia em Guaíra, no Paraná, cidade que faz fronteira com o Paraguai. A situação despertou a desconfiança dos agentes.

O homem que estava no carro, um Renault Logan, alegou que seguia para a cidade de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, para buscar Bruno Cesar, que seria dono do veículo. O policial compareceu ao local da abordagem e alegou que tinha viajado para comprar suplementos alimentares. Ele afirmou que antes comprava os produtos em Foz do Iguaçu. Os agentes da PRF revistaram o veículo, mas nada encontraram. A história, no entanto, não convenceu os policiais, que fizeram o alerta sobre o veículo.

Na última segunda-feira, Bruno Cesar foi preso por policiais da PRF quando passava pela Rodovia Presidente Dutra, na altura de Itatiaia, no Sul Fluminense. Ele estava com 3.450 balas — munição que é de uso restrito — em seu carro, o Renault Logan que foi abordado na semana passada. O policial é lotado no 5º BPM (Praça da Harmonia).

Ao ser preso, Bruno primeiro alegou que voltava de um retiro espiritual em Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo. Em seguida, afirmou que teria ido em Guaíra para comprar suplementos alimentares. Ao ser questionado sobre onde estaria o material adquirido, o soldado explicou aos agentes que teria despachado numa transportadora e que não “precisavam perder tempo revirando o carro”.

Os agentes perceberam que o PM apresentava nervosismo e realizaram a revista no automóvel, onde encontraram os projéteis distribuídos em 69 plásticos pretos, cada um com 50 munições.

Pocou tempo depois do flagrante envolvendo o PM, três homens foram presos pela PRF, na mesma rodovia. Desta vez, o trio foi capturado numa ação conjunta entre a PRF e a Polícia Federal (PF), na altura de Piraí, Região Sul Fluminense. De acordo com com os agentes, os suspeitos, com idades de 20,28 e 31 anos, serviriam como ‘batedores’ do policial militar, com a função de avisá-lo sobre qualquer fiscalização que ocorresse na rodovia.

error: Conteúdo protegido !!