A sagrada missão de todos os pais

*Carlos B. González Pecotche

Ao se sentirem responsáveis em sua sagrada missão e se compenetrarem de que, ao dar vida a um ser, oferecem a uma alma a oportunidade de evoluir, os pais se esforçam em criar para seus filhos o ambiente sadio e cheio de pureza, enriquecendo-o com belas imagens, com manifestações positivas, um lugar onde esses filhos possam respirar o oxigênio espiritual que há de assegurar-lhes a saúde moral.
Assim como nenhum pai ou mãe levaria seu filho a respirar os miasmas de um pântano, porque isso implicaria um sério atentado à sua saúde física, tampouco pode oferecer-lhe – se é consciente de sua responsabilidade – o ambiente insalubre de um lar povoado por pensamentos de rixas e rancores, de mentiras e egoísmos, de cenas pouco edificantes. Nem tampouco o veneno da leitura sem prévia seleção, ou filmes e programas dos quais o filho recolha o vírus de uma imperfeição moral ou o germe de uma modalidade negativa que, na forma de pensamentos impuros, infeccionaria sua mente ainda indefesa.
A sagrada missão dos pais é zelar pela formação integral de seus filhos.
Embora os pais já tenham compreendido quão necessário é, para evitar o desenvolvimento de doenças, cumprir com os preceitos de higiene que a saúde dos filhos requer, devem da mesma forma compenetrar-se da necessidade de zelar por sua higiene mental, para que eles não corram o risco de recolher os germes de outras doenças mais terríveis. Elas atacarão o organismo psicológico e irão devastando a pureza e a bondade dos filhos, perturbando sua incipiente razão e obscurecendo a consciência do bem e do mal que começa a manifestar-se.
Quando, na vida dos relacionamentos que o ser humano tem de viver, o filho precise freqüentar outros ambientes além do familiar, um novo dever se apresenta, aumentando a responsabilidade dos pais.
Se todos pensassem intensamente nesse aspecto da responsabilidade coletiva, zelariam ainda mais pela pureza, cultura e elevação de todos os ambientes criados pelos homens, já que todos podem ser chamados de pais se estão alentados por um sentimento paternal. Dessa maneira, a criança, ao sair de casa, jamais encontraria um ambiente prejudicial à sua saúde moral. A fábrica e o escritório, a escola e a universidade, a rua e o local de lazer, o livro e a imprensa, teriam então a atmosfera oxigenada e pura dos lugares ensolarados, porque todos os pais que formam esses ambientes levariam para ali a responsabilidade que tão intensamente sentiram na vida do lar.
Os pais que tanto cuidam da palavra que dirigem ao menor ou que ele possa ouvir, que selecionam em sua delicada retina mental, procurando que ele recolha as mais belas, mais elevadas e mais puras, ao sentirem esse mesmo cuidado estender-se a todos os filhos de Deus, irmãos na grande família humana, estarão velando pela pureza e elevação do ambiente social, prolongamento do ambiente familiar.

*Autor da Logosofia: Carlos B. González Pecotche. Centro de Difusão e Informação de Logosofia de Nova Iguaçu

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