Um ano após impeachment, evento do PCdoB reúne nomes pró e contra Dilma

Quem diria! No evento, Gleisi (PT-PR), sentou perto de Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Um evento do PCdoB na Câmara dos Deputados reuniu ontem, uma lista de convidados que, um ano atrás, na véspera da aprovação definitiva do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, jamais ficariam lado a lado.
Uma das maiores defensoras de Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sentou próxima ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cujo partido foi um dos principais articuladores do afastamento da petista.
Presidente da República em exercício, Maia foi à Câmara somente para participar do ato e adotou um tom conciliador em seu discurso, que foi visto pelos presentes como um “ensaio” para o mote do novo partido que ele e outros integrantes do DEM articulam: uma legenda mais de centro, sem tanta ligação com a direita, mas ainda distante dos ideais de esquerda. “Precisamos entender que o centro é onde os que pensam diferente têm capacidade de diálogo. O centro é o espaço onde o PCdoB pode dialogar com os Democratas”, disse Maia, lembrando que o partido comunista apoiou a sua candidatura à reeleição da Câmara no início do ano.
Gleisi, que hoje ocupa a presidência nacional do PT, lembrou que nesta quinta-feira, 31, completará um ano do impeachment de Dilma e rebateu Maia. “Nós podemos dialogar sim. Mas temos que ter lado”, afirmou.
Segundo ela, desde que Michel Temer chegou ao Palácio do Planalto, ela se pergunta em que o Brasil melhorou. “Em nada”, respondeu. (AE)

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