Braçadas rumo à inclusão social

O projeto de natação abre oportunidade para moradores de Queimados participarem de competições esportivas
Fotos: Felipe Bragança/PMQ

Tornar acessível e permanente a prática da natação em piscina e no mar para crianças e jovens da Baixada Fluminense. Essa é a proposta do Projeto Golfinhos da Baixada, que conta com o apoio da Prefeitura de Queimados, através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e há seis anos funciona como vitrine para moradores da região que sonham com uma vida melhor através do esporte.
O time campeão de natação dos Jogos da Baixada 2017, faz parte do projeto, que já levou os jovens para competir em São Paulo, Salvador e Manaus. A iniciativa prepara os jovens para participar de competições, tanto em piscinas, quanto em mar aberto. O projeto surgiu como uma ideia de dois jovens recém formados e com vontade de ajudar a população. Assim que se formaram em 2011, Eloi Farias e André Pequeno enxergaram a necessidade de se manter um projeto social, envolvendo esportes, que ajudassem os jovens a pensar num futuro melhor. Assim nasceu o Golfinhos da Baixada, uma ONG sem fins lucrativos, que já ajudou muitos jovens a ingressar na carreira esportiva.
A Prefeitura de Queimados oferece à equipe o suporte necessário para participar de diversas competições pelo estado do Rio, como transporte e alimentação para os atletas. “Através do esporte e da educação, conseguimos moldar os jovens para que alcancem grandes coisas. Esse projeto é uma maravilha e deve ser apoiado. Ele tira o jovem da ociosidade, abrindo novos horizontes e mostrando que é possível melhorar de vida”, ressaltou o Secretário Municipal de Esporte e Lazer, Júlio Coimbra.
“Damos aulas totalmente gratuitas para as crianças, mas destacamos que, para mantermos o projeto, precisamos que os pais nos ajude de alguma forma. Ficamos muito felizes, quando os próprios pais começaram a pagar um valor simbólico, para nos ajudar nas contas. Com a ajuda deles, conseguimos manter nosso centro de treinamento. Sempre prestando contas, para mostrar de forma transparente, como gastamos essa colaboração”, explicou Eloi Farias, de 29 anos, um dos fundadores do projeto.
Para o aluno Matheus Oliveira Mazzala, de 17 anos, que faz parte da equipe vencedora dos Jogos da Baixada, o projeto é como uma segunda família. “O Golfinhos mudou minha vida. Participo dele desde sua criação em 2011 e gosto muito. Através da natação, conheci muitas pessoas e fiz muitos amigos, além disso, o projeto me ajudou a escolher minha profissão. Quero fazer Educação Física para continuar nele e ajudar a mantê-lo funcionando”, disse.

Medalhista de ouro é padrinho

O nadador Luiz Lima acompanha de perto o desenvolvimento do projeto

Se bom exemplo é para ser seguido, os jovens nadadores têm em quem se espelhar. O projeto tem como padrinho o medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, e especialista em maratona aquática, o nadador Luiz Lima, que faz questão de acompanhar de perto a rotina de treinamento dos pequenos.
Na semana passada, ele deu dicas para os atletas melhorarem o desempenho. “O mar tem suas particularidades. A direção, por exemplo, é mais importante que a velocidade. O esporte vai além da competição, ajuda a lidar com o medo e emoções. Quando fui convidado para apadrinhar o projeto, aceitei de pronto. Os jovens são nosso futuro, precisamos investir neles”, afirmou Lima que é pentacampeão da Travessia dos Fortes, parte do Circuito Brasileiro de Águas Abertas e também participou da Olimpíada de Atlanta, em 1996, nos Estados Unidos, e de Sidney, na Austrália, em 2000.
Os Golfinhos da Baixada atendem crianças entre dois e 17 anos. Quem estiver interessado em participar ou fazer doações, pode procurar mais informações na secretaria onde funciona o projeto Rua Antônio Sobreira Sobrinho, nº 3 – Parque Eldorado ou pelo telefone 3695-6801.

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