O sonho de aeroporto em Nova Iguaçu não decolou

O projeto previa um Centro de Logística, com hotéis, apart hotéis e heliporto ao redor da pista de 1.200 metros já existente
Reprodução de Internet

Apesar de prontos e desenhados, com recursos destinados, os projetos de implantação do Centro de Logística e do aeroporto de aviação executiva, com heliporto, que seriam construídos em Nova Iguaçu, não saíram do papel. Várias reuniões foram realizadas com muitas autoridades do setor, em São Paulo e Brasília, mas o momento tenso da política do país, em véspera de ano eleitoral, teria desviado a atenção dos empreendimentos. Tais projetos viabilizariam a mobilidade urbana, com melhor sistema de trânsito para a cidade, além de alavancar o desenvolvimento econômico, turístico e cultural da região.
De acordo com Jorge Gama de Barros, que foi deputado federal por Nova Iguaçu, e estava participando das negociações representando o município, no local onde se encontram as ruínas do aeroclube da cidade seria o Centro de Logística, com hotéis, apart hotéis, heliporto e hangares, com 14 mil metros quadrados de área verde e pista de 1.200 metros. “Ali, tínhamos uma área de quase 1 milhão de metros quadrados. Mas veio o Corpo de Bombeiros, madeireiras, igreja e a Universidade Rural. Restou uma área de 450 mil metros quadrados, que ainda daria para executar o projeto”, avalia Jorge.
A iniciativa, por ser próximo à via Dutra, obrigaria a implantação de um sistema viário, com construção de pistas e meios que beneficiariam a mobilidade urbana, desafogando o trânsito da cidade. “Neste local teríamos um centro de distribuição de grandes empresas e pequenos voos de helicóptero (para Angra dos Reis, Campos, Rio, Macaé, Cabo frio e outras regiões do estado). Mas o projeto (discutido em 2014) demorou, pela burocracia do município e, consequentemente, devido à crise econômica”, admite Jorge Gama, lembrando dos governos do prefeito Nelson Bornier e da presidenta Dilma Rousseff.

Ficou só no papel

Nesta mesma ocasião, quando se falava nos meios políticos sobre a superlotação dos aeroportos Santos Dumont, Galeão e o fim do pequeno aeroporto de Jacarepaguá, entrou em discussão a construção de um aeroporto de médio porte em uma gigantesca área no bairro de Campo Alegre, em Nova Iguaçu. Este seria para aviação executiva, com um heliporto em anexo. Este projeto também fora discutido com a participação de Jorge Gama. Na estrutura haveria pista, hangares, administração, alfândega, depósitos e galpões para mercadorias. “Seria um aeroporto em nível internacional, com heliporto para pequenos deslocamentos”, lembra Jorge. Empresários ou personalidades internacionais poderiam descer com suas aeronaves e seguir de helicóptero ou carro para outras regiões, a depender da necessidade. “As reuniões tiveram a participação de autoridades da Aeronáutica, mas o projeto não saiu do papel e eu não estou aqui para culpar ninguém por isso”, pondera o ex-deputado.

 

por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)

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