Acompanhado por Luiz Barcelos (E), Artur Arakelyan visita o entorno do Arco Metropolitano em busca de área para instalar a Barva
PMJ/Divulgação

O prefeito de Japeri, Carlos Moraes, recebeu ontem a visita do empresário Artur Arakelyan, presidente da América Latina da Barva – Centro de Inovação Brasil, empresa da Armênia especializada em pesquisa, desenvolvimento e fabricação de produtos de alta tecnologia para vários ramos da indústria.
O encontro de negócio faz parte do projeto do governo municipal para geração de pelo menos 10 mil novos empregos na cidade, até o fim do mandato de Carlos Moraes, em 2020. “Não vamos medir esforços para que a nossa região volte a crescer. Queremos resgatar a autoestima das pessoas que moram em Japeri”, frisou o prefeito.
A Armênia pertence ao grupo soviético, integrante do Brics, o bloco econômico que reúne, além do Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul, onde vivem cerca de 60% da população mundial.
Arakelyan disse a Carlos Moraes que escolheu Japeri, onde pretende implantar, sem qualquer ônus para o município, um sistema de geração de energia elétrica e de gás sintetizado (EcoGás), ecologicamente limpo, a partir de matéria-prima de biomassa seca. Os projetos vão atender ao consumo doméstico, comercial e industrial.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Luiz Barcelos, Japeri está despontando para atrair novas tecnologias, principalmente da Ásia e da Europa.
“E a gente, com isso, vai alavancando o progresso para nossa cidade, jamais visto aqui na Baixada Fluminense. São tecnologias que já estão disponíveis no mundo e que coloca agora Japeri como cidade pioneira nesse tipo de aquisição”, festeja Barcelos, lembrando que o benefício vai também permitir o aumento de repasse de ICMS para a cidade.
A Barva, que deve gerar cerca de 150 empregos direitos, quando estiver funcionando, é também fruto da parceria comercial, tecnológica e cultural entre Japeri e Armênia, firmada durante a visita, à cidade, em abril, do embaixador Ashot Galoyan. É ainda uma contrapartida em agradecimento à iniciativa do prefeito Carlos Moraes de criar, em breve, na cidade, um memorial ao genocídio de cerca de 1,5 milhão de armênios.
Ashot recebeu ainda, na ocasião, uma “Moção de Solidariedade”, de autoria do presidente da Câmara Municipal, vereador Wesley George de Oliveira, o Miga, pelos 102 anos do genocídio. Carlos Moraes também decretou luto oficial de dois dias na cidade.
Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915, famílias inteiras, em dezenas de cidades do Império Turco-Ortomano, foram amarradas e jogadas vivas nos rios.
Depois do encontro com o prefeito, Artur Arakelyan e seu assessor direto, Sargis Muradyan, foram conhecer a provável área onde poderá ser construídos o memorial às vítimas do seu país e as instalações da Barva, nas imediações do Arco Metropolitano.