Os impactos da saúde na remodelação da Região Metropolitana do Rio de Janeiro até 2040. Esse foi o principal tema da reunião, ocorrida no dia 06, na sede da Câmara Metropolitana, localizada na Zona Sul do Rio. Conduzido pelo diretor executivo da entidade, Vicente Loureiro, o encontro contou ainda com a secretária executiva do Cisbaf, Rosangela Bello, e representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em estudo recente divulgado pela Câmara Metropolitana, o município de Nova Iguaçu foi apontado como a quarta centralidade na economia do estado voltada para a saúde.

Tratar do incremento da economia gerado no setor saúde, de que forma os equipamentos podem contribuir para fortalecer as centralidades, além do núcleo da cidade do Rio de Janeiro, bem como de que maneira é possível alavancar e definir a rede ideal a ser alcançada nos próximos 20 anos, considerando uma distribuição mais equilibrada dos serviços de saúde, levando em conta os recursos necessários e uma governança mais eficiente foram alguns pontos debatidos. Segundo dados apresentados por Rosangela Bello, o Estado do Rio de Janeiro possui o per capita da saúde mais elevado no Brasil. “Então, não se trata somente de capital de investimento. É urgente pensar na governança e na gestão eficiente do sistema”, ressalta.

O encontro tratou ainda do destino dos hospitais federais e seu papel dentro da rede de saúde. “Os equipamentos federais recebem expressivo volume de recursos, mas cabe o questionamento da eficiência dos seus resultados. A sua integração à rede estadual e municipal também merece atenção e reestruturação. São unidades onde o paciente da Baixada Fluminense, por exemplo, tem dificuldade de acesso”, comenta Vicente Loureiro.

No início de outubro será realizada a próxima reunião. Loureiro também adiantou que um evento regional está sendo programado com o objetivo de aprofundar o assunto e levantar contribuições do setor da saúde para o Plano Diretor Integrado de Desenvolvimento Metropolitano.