Audi cria versões mais baratas do Q3

Fotos:  Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

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Aos poucos, a Audi vem pavimentando o caminho para a retomada de uma produção sustentável no Brasil. Primeiro, quando passou a importar o sedã A3, em janeiro de 2014, e logo em seguida incluiu versões com preços bem atraentes para embalar as vendas – afinal, o sedã será primeiro produto dessa nova fase da empresa a sair das linhas paranaenses de São José dos Pinhais, em setembro. Agora, faz coisa semelhante com o crossover Q3, que também terá uma versão nacional no começo de 2016. A marca aproveitou o face-lift promovido neste início de ano na Europa para ampliar o line-up do modelo. Até agora, o utilitário só era vendido por aqui com motorização turbo de 2.0 litros e configurações que custavam a partir de R$ 150 mil. Agora, com a cara renovada, a Audi evoluiu as versões já existentes e incluiu o propulsor 1.4 TFSI, por 127.190, na versão Attraction, e R$ 144.190, na Ambiente.
Este propulsor é da família EA211, a mesma aplicada no Audi A3 sedã e no Volkswagen Golf 1.4 e receberá uma versão turbo flex produzida na fábrica de motores da Volkswagen em São Carlos, interior de São Paulo. Só que no três-volumes ele rende 122 cv, no hatch chega a 140 cv e no Q3 vai a 150 cv.

Fotos:  Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

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Para alcançar este resultado foi preciso uma verdadeira reengenharia. Entre outras coisas, foram trocadas várias peças para reduzir o peso, a inércia e o atrito – o peso total do propulsor foi reduzido em 22 kg – e a corrente de comando, que é em aço no A3, foi trocada por uma correia dentada com revestimento antiaderente. O propulsor 2.0, que tinha configurações de 170 cv e 211 cv, não passou por uma reforma tão profunda, mas também foi “azeitado”. Ele agora rende 180 cv nas versões Attraction e Ambiente e 220 cv na versão Ambition. Todas recebem o sistema de tração integral Quattro e custam, respectivamente, R$ 145.190, R$ 165.190 e R$ 190.190.
Na parte visual, o Q3 adota a linguagem estética apontada pelo novo Q7. A principal mudança está na grade dianteira, que recebe uma grossa moldura pintada de prateado que chega a tocar na parte interna dos faróis. Todas as luzes dianteiras foram concentradas no conjunto ótico: faróis alto e baixo, assinatura em led e farol de neblina. O para-choque ficou bem semelhante ao utilizado na versão esportiva RS Q3, com molduras bem protuberantes abaixo dos faróis. Só que no RS Q3 há ali uma tomada de ar para os freios, enquanto no Q3 é apenas estético, não há qualquer abertura. Na traseira, as lanternas pasaram a ser em led e tiveram as seções redefinidas. Já os refletores foram alongados e acompanham a curva do para-choque.
Desde a versão de entrada Attraction, o Q3 tem um conteúdo compatível com o segmento premium. Além de obrigatórios trio elétrico, ar, direção, de relevante ela traz faróis bixênon, sensores de luz, chuva e obstáculos traseiro, rodas aro 17, revestimento dos bancos em couro sintético, volante multifuncional com borboletas para troca de marcha, sistema multimídia com comando de voz e start/stop. Entre os itens de segurança há controle de estabilidade e tração e seis airbags.

Fotos:  Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

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A Ambiente ganha rodas aro 18, ar bizone, tampa do porta-malas e teto solar elétricos e retrovisor eletrocrômico. A Ambiente 2.0 ainda recebe o Audi Drive Select, que permite mudar parâmetros de motor, suspensão, direção e câmbio para uma condução voltada para o conforto ou para a esportividade. A topo de linha Ambition traz de série bancos elétricos e sistema multimídia MMI Plus com navegação, equipamento vendido como opcional nas demais versões por R$ 10.500.
Mesmo antes da chegada das versões com motor 1.4, o Audi Q3 vinha apresentando um bom desempenho de vendas. No ano passado, manteve uma média de 320 unidades mensais. Neste ano, as vendas já ficaram bem parelhas com as do Range Rover Evoque, em torno de 400 carros/mês. Com essa ampliação da gama, a projeção é que as vendas subam em, pelo menos, 25% e cheguem mensalmente a 500 unidades. Nada mal como preparação para a chegada dos produtos feitos no Brasil.

 

por Eduardo Rocha
Auto Press

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