Gilmar Mendes sobre PGR Janot: “que saiba morrer quem viver não soube’

Por outro lado, em sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais cedo, o ministro havia elogiado, em uma mensagem de despedida, o vice-procurador-geral da República Nicolao Dino.
ABr

O ministro Gilmar Mendes usou o trecho de um poema para se referir à despedida do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que termina o mandato nesta sexta-feira (15): “que saiba morrer quem viver não soube”. O trecho é do poeta português Manuel Maria Barbosa Du Bocage. Gilmar, que critica frequentemente o procurador, recitou o trecho instantes antes da última sessão plenária de Janot no Supremo Tribunal Federal.
No julgamento do pedido de suspeição feito pela defesa de Michel Temer contra Janot, na quarta-feira (13), Gilmar Mendes esteve ausente. “Tivemos o prazer de trabalhar com Vossa Excelência nesta Corte. Tivemos um diálogo profícuo e certamente construtivo. Creio que todos nós vamos guardar de Vossa Excelência uma boa memória. Desejamos que Sua Excelência continue com sucesso na carreira do Ministério Público. São esses os meus votos pessoais e, creio, de todos os integrantes da Corte”, disse Mendes a Dino, ao final da sessão do TSE.
Aliado de Janot, Dino representou o Ministério Público Eleitoral no TSE e será substituído por Humberto Jacques de Medeiros como vice-procurador-geral eleitoral. Dino fez a defesa da atuação de Janot no caso JBS durante o julgamento do STF na última quarta-feira (13). Gilmar Mendes compareceu à segunda metade daquela sessão, depois que os ministros já haviam rejeitado a suspeição de Janot por 9 a 0.
Dino agradeceu os elogios do ministro e disse que “ser Ministério Público não é fácil, é muito difícil”. “A vida segue, encerra-se apenas uma passagem, uma trajetória da minha vida profissional. Sou muito grato à vida e ao destino por ter tido a oportunidade de atuar como membro do Ministério Público perante o TSE”, afirmou.

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