Mulher de Cabral fez 11 compras de joias sem nota fiscal

A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, fez 11 compras de joias, quase todas sem nota fiscal, sempre de forma discreta, geralmente pagas em dinheiro vivo. A informação foi divulgada na terça-feira (19) pela diretora comercial da joalheria H.Stern, Maria Luiza Trotta, durante depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que concentra os casos relativos à Operação Lava Jato e seus desdobramentos no Rio.
Maria Luiza fez acordo de delação premiada, juntamente com os proprietários da empresa, que também foram ouvidos por Bretas, como testemunhas de acusação contra o ex-governador Sergio Cabral, Adriana e outros envolvidos.
A diretora da H.Stern disse que conheceu Adriana em 2009 e que passou em 2012 a fazer vendas diretamente à então primeira-dama, que era exigente e comprava joias de alto valor, como um par de brincos de R$ 1,8 milhão e outro par de brincos de R$ 1,2 milhão. Segundo ela, os pagamentos eram em dinheiro vivo e passaram a ser feitos na tesouraria da empresa.
O presidente da joalheria, Roberto Stern, disse que o total de compras do casal Adriana e Cabral chegava a R$ 6 milhões e que os certificados de autenticidade das joias não apresentavam o nome dos compradores, para garantir sigilo. Também foram ouvidos o vice-presidente do grupo, Ronaldo Stern, e o ex-diretor financeiro, Oscar Stern. Todos reiteraram que a quase totalidade das vendas a Cabral e Adriana foram feitas sem emissão de nota fiscal e de forma sigilosa.
(Agência Brasil)

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