Jovem morre atingido por bala perdida em posto de gasolina

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Jonathan Vitorino Ferraz havia acabado de jantar, depois de mais um dia de trabalho. Terminou a refeição um pouco antes dos amigos com quem dividia a mesa e foi até a porta de um restaurante, localizado na esquina das ruas Frei Caneca e do Riachuelo, no Centro do Rio, para fazer uma ligação, na noite desta quinta-feira. O que Jonathan não sabia, porém, é que, naquele momento, acontecia um assalto em um posto de gasolina do outro lado da via. Na ação, houve tiroteio e um dos disparos acabou acertando o jovem de 24 anos no peito. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital municipal Souza Aguiar, também no Centro, mas não resistiu ao ferimento. Oriundo de São Paulo, ele estava no Rio desde dezembro do ano passado para trabalhar. Descrito como “brincalhão”, a vítima trocou de cidade para aproveitar a oportunidade de emprego e “crescer na vida”, segundo contaram os amigos.

O assalto, de acordo com relato de testemunhas, aconteceu por volta das 21h. Elas contaram que, na ocasião, um bandido armado em uma moto rendeu o frentista do posto de gasolina e, em seguida, abordou dois homens que estavam em outro veículo, uma picape de cor branca. Ainda conforme a versão de quem presenciou a cena, os dois seriam policiais à paisana, que efetuaram disparos após a investida do bandido.

“O rapaz (assaltante) de moto chegou, deixou o veículo ligado e desceu. Anunciou o assalto e rendeu o homem que trabalhava no posto. Ele entregou o dinheiro. Depois, foi até a picape branca. Quando ele (o bandido) viu que eram dois policiais, que já sacavam a arma, o assaltante correu, largou a arma que segurava no chão, montou na moto e fugiu. O policial atirou em torno de dez tiros e um dos disparos acertou o rapaz que estava no restaurante”, relatou uma comerciante da região, que pediu para não ser identificada.

Após subir na moto, o assaltante escapou na direção na Rua Frei Caneca, pela contramão. O posto de gasolina fica próximo ao Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChq) e a Academia de Polícia (Acadepol).

“Quando ouvi os tiros, uma amiga se abaixou. Fiquei pensando que, se ele (o assaltante), tivesse fugido para o lado onde nós estávamos seria horrível”, contou uma testemunha.

No momento em que houve o tiroteio, muitas pessoas circulavam na esquina entre as ruas do Riachuelo e Frei Caneca, onde, além de ambulantes, existem bares e restaurantes. Os moradores ficaram assustados. Eles disseram ainda que se mobilizaram para que o jovem baleado fosse socorrido. Ligaram para o Samu, mas acabaram parando uma ambulância de um hospital privado que passava pelo local para que a vítima fosse levada para alguma unidade hospitalar.

Um grupo de amigos de Jonathan, ainda abalados com o que ocorrera horas antes, estiveram no restaurante onde o jovem foi atingido. Eles disseram que a vítima veio junto com o grupo para o Rio para trabalhar “com esquadrias de alumínio, na área de construção civil”. Há nove meses na cidade, o grupo está hospedado num hotel na Rua do Santana, não muito longe de onde ocorreu o crime.

Amigo e colega de trabalho de Jonathan, José Dantas de Almeida. de 56 anos, disse que o rapaz era muito “alegre”:

“Era um cara alegre e brincalhão. Passava o dia inteiro brincando. Foi imprudência de quem atirou de lá do posto para essa direção (a do restaurante). Atitude irresponsável. Por causa disso tirou a vida de um trabalhador”, disse ele, que complementou.

“A gente não espera que uma bala perdida pegue a gente, logo em um lugar como o Centro do Rio. Isso não pode acontecer. Como é que vai vir turista para cá? Ele saiu daqui respirando, mas o tiro foi fatal. A gente já não saía aqui no Rio, agora que não vamos sair mesmo (por causa da violência).

De acordo com os amigos, a família da vítima em São Paulo já foi avisada sobre a morte do jovem.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!