Queimados debate uso de álcool e drogas

Encontro abordou cuidado necessário às pessoas com dependência química e os avanços obtidos na área
Thiago Loureiro

Com o objetivo de pensar propostas para enfrentar os desafios que se colocam no cenário do cuidado às pessoas com problemas relativos ao uso e abuso de álcool e outras drogas e conversar sobre os avanços das políticas públicas obtidas na área, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu ontem uma discussão sobre o tema durante a realização do Fórum de Saúde Mental, que aconteceu no auditório do Centro de Esporte e Lazer da Terceira Idade.
Cerca de 100 pessoas participaram do Fórum, que existe há oito anos no município e desde então traz assuntos importantes para pessoas com sofrimentos ou transtorno mental, com uma forma de tentar incluí-las na sociedade novamente. O município de Queimados conta com um programa gratuito específico de combate às dependências químicas, que tem 13 profissionais, incluindo psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e o suporte administrativo.
O Prefeito Carlos Vilela esteve presente no Fórum e falou sobre os projetos que o governo tem com a saúde do município. “Mesmo em meio à crise estamos lutando para trazer a todos uma saúde mais digna, mais humanizada, a população merece e sei que aos poucos, com todos se ajudando chegaremos lá”, declarou.
A Secretária Municipal de Saúde, Drª Lívia Guedes, acrescentou que a busca por uma saúde humanizada tem sido marca da atual gestão. “Estamos trabalhando em prol da saúde da população, para melhorar cada vez mais, pois todos merecem um tratamento de qualidade e humanizado”, disse. Já a Coordenadora do Programa de Saúde Mental, Tânia Alves, fez questão de lembrar que todos que sofrem de transtornos mentais também são capazes de trabalhar, de estudar e serem inseridos na sociedade novamente. “A inclusão social dessas pessoas é uma das missões do Fórum”, declarou.
Coordenador do Programa de Álcool e outras Drogas no município, Edilson Ventura, falou sobre a funcionalidade do trabalho na cidade. “Promovemos dinâmicas de grupo e individual com nossos pacientes, não fazemos internação e lembramos a eles que a droga não é só um problema criminal, mas também social e de saúde”, destacou.

Artesanato e doces feitos pelos pacientes despertam atenção
Durante o Fórum de Saúde Mental, pacientes e acompanhantes das unidades de saúde mental fizeram uma exposição ao público de panos de prato pintados, artesanato com reciclagem e doces, tudo produzido por eles. Todo o dinheiro arrecadado da venda voltará para o órgão responsável para a compra de mais produtos para novas confecções.
Aluna de pintura há 18 anos, Eugênia Costa, de 38,  falou sobre o quanto essas atividades têm ajudado a ela no seu tratamento. “A pintura tem me ajudado a combater minha depressão. Tomo remédio controlado e faço tratamento no município e hoje me sinto mais capaz de fazer as atividades diárias”, finalizou.
Para ter acesso ao tratamento oferecido pelo Programa Álcool e outras Drogas no município, basta ir até ao órgão público, na Avenida Professor Avelino Xanxão, n° 835, Vila Tinguá, de segunda a sexta-feira, das 08 às 17h, com Carteira de Identidade, CPF e comprovante de residência. Outras informações: (21) 2779-9103. Já para informações sobre o Programa de Saúde Mental,  basta comparecer na Rua 11, s/n, Vila Pacaembu, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h. Ou pelo telefone: (21) 2665-6360.

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