A Polícia Militar vai aumentar o efetivo das UPPs com o objetivo de reforçar o número de PMs na favela da Rocinha. Em todas as unidades, a carga horária dos policiais vai aumentar, com diminuição das folgas, e PMs que trabalhavam em atividades administrativas serão deslocados para a chamada atividade-fim, ou seja, patrulhamento. Outras comunidades que estão sendo afetadas pelo conflito na favela de São Conrado também terão aumento no efetivo. A Rocinha conta com uma UPP desde setembro de 2012.
Em comunicado repassado ontem pelas unidades, foi informada a alteração da escala atual de serviço. Nos casos das unidades que trabalham em escala de 24 horas de trabalho para 72 horas de descanso, caberá a redução para 24 horas de serviço e 48 horas de dispensa, por exemplo. De acordo com o relações-públicas da PM, major Ivan Blaz, as mudanças já estavam planejadas, por conta da reestruturação das UPPs, mas foram antecipadas por causa da situação na Rocinha.
“Essas medidas foram tomadas em caráter de urgência, mas já aconteceriam. Só foram antecipadas”, esclareceu Blaz.
Em grupos fechados de policias em redes sociais, houve o questionamento quanto a aplicação da nova escala, que fere o limite da carga horária de trabalho por mês. Eles lembraram que, por decreto, o limite é de 144 horas de trabalho por mês.
No fim do mês passado, o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, e o comandante da PM, coronel Wolney Dias, anunciaram mudanças no projeto de pacificação. A decisão foi de desclocar três mil policiais militares das UPPs que exercem funções administrativas para a atividade-fim. Dos 3.000 policiais, 1.100 serão distribuídos pela cidade do Rio de Janeiro. Outros 900 vão ser enviados para a Baixada Fluminense, enquanto 550 irão para Niterói e São Gonçalo. Além disso, as UPPs ficarão subordinada aos batalhões de cada área, e as unidades dos Complexos do Alemão e da Penha serão transformadas em um Batalhão de Polícia Pacificadora.