Abel valoriza semana sem jogos para motivar o time

Comandante Tricolor ressaltou a importância do tempo de treinamento e o cuidado com os mais jovens em momentos difíceis
Lucas Merçon/ FFC

O Fluminense tem um novo desafio pelo Campeonato Brasileiro, ao enfrentar o Grêmio fora de casa, às 16h de domingo, na Arena em Porto Alegre. Com 31 pontos, o Tricolor precisa da vitória para subir na tabela de classificação e o técnico Abel Braga garante que não faltará entrega por parte do elenco para a partida da 26ª rodada da competição. “É um jogo muito complicado, jogamos três vezes com o Grêmio e não fomos felizes. É um time que briga pelo Brasileiro, tem um grupo de jogadores de muita qualidade. Estamos enfrentando problemas atrás de problemas, em alguns momentos o psicológico afeta um pouco, mas há uma entrega muito grande por parte dos jogadores, que querem jogar bem e vencer. Vamos para Porto Alegre com a confiança alta”. O treinador também falou sobre as mudanças que o time deverá ter contra a equipe gaúcha.
“Estou confiante que vamos fazer um bom jogo. Temos Sornoza à disposição, o Douglas com mais ritmo, são jogadores que tem bagagem e vão dando um peso diferente, como o Júlio César, o Cavalieri, o Pierre que está voltando. Por outro lado, continuamos sem zagueiros. Estamos pensando em mudar a forma de jogar, pois o time do Grêmio é um time de muita posse e movimentação, temos que estar muito bem postados em campo”, explicou Abel. Sem jogos durante a semana, o Flu teve uma preparação focada na partida de domingo.
“Essa semana foi extremamente importante, não porque foi uma semana livre de treinamentos, mas por tudo o que conversamos e pela consciência de onde chegamos e ainda podemos chegar. Previa-se uma semana com protestos do torcedor e achei muito legal não ter havido, pois para uma equipe jovem, é muito perigoso. Por ser uma equipe jovem, há oscilação. Temos jogadores que ainda não são cascudos para suportar vaias e precisamos incentivar até o final”. Na 12ª posição, o Fluminense só pensa em voltar à parte de cima da tabela.
“Não tem como não sentir a pressão, mas não podemos dizer que não tem busca por algo melhor. Tanto que na altitude, buscamos a classificação. Mas chegamos numa situação que não tem como não olhar para baixo, pois está muito perto, é complicado. Temos que olhar a classificação a cada rodada, a cada jogo. Tivemos oportunidades de chegar no G6 e falhamos, então, agora temos que tentar nos afastar da parte de baixo”, declarou o comandante Tricolor.
Abel ressaltou ainda que o esforço de todos no clube deve ser evidenciado. “O presidente é um cara muito diferente, muito do bem, ele sempre foi muito claro com aquilo que ocorreria nesse ano, as condições do clube. Estão procurando, dentro da possibilidade, agir com correção, com clareza, e isso é muito bom a nível de grupo. Entre nós, a gente sabe que está sendo muito sofrido, temos buscado superação em todos os jogos”, disse o técnico, alertando que é difícil manter uma performance por um longo tempo.
“Meu grupo é muito jovem, conseguimos uma classificação para as quartas de final da Sul-Americana com oito jogadores da base. Em outras equipes, acontecem as mudanças e ela não afeta, mas para nós, afeta, pois a gente troca o jovem pelo jovem. Não posso garantir que quem entrar, vai ter a mesma performance. Se o coletivo enfraquece e os resultados não vêm, mais peso psicológico cai em cima de alguns jogadores”.

Homenagem e a sempre lembrança
do filho que se foi

O treinador também lembrou que o Flu já teve uma boa fase no ano e que precisa resgatar esse espírito novamente. “Futebol é um esporte coletivo e quem não tiver um coletivo bom, sente. Esperamos voltar a viver o bom momento que já tivemos. Tenho um cuidado muito grande com o que falo e como falo com eles. Os times que estavam brigando na zona de rebaixamento fazem ótima campanha no segundo turno, o Campeonato Brasileiro é muito complicado, mas não podemos perder o entusiasmo, a confiança”, salientou.
Nesta sexta-feira, Abel Braga receberá uma homenagem da Câmara de Vereadores e falou sobre a triste perda que teve no ano. “Procuro superar, vou ter que trabalhar a superação todos os dias. A perda, a saudade, saber que não vou ver mais, isso vai mexer comigo até o resto da minha vida, pois perdi um filho. Já perdi meu pai e minha mãe e foi duro, mas perder um filho é muito complicado. O Fluminense me ajuda muito, mas a superação pessoal não tem mistura com o profissional”, finalizou Abel.

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