PF prende empresários suspeitos de desvio de R$ 20 milhões da merenda na Baixada

A delegacia da Polícia Federal de Nova Iguaçu é responsável pelas investigações

A Polícia Federal prendeu, até o início da tarde desta sexta-feira, 17 empresários investigados num esquema de formação de cartel de empresas de fornecimento de merenda para escolas de diversos municípios da Baixada Fluminense. Denominada de Operação Inópia, a ação que conta com cerca de 165 agentes, cumpre 21 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão. Segundo o delegado Sandro Luiz do Valle Pereira, chefe da PF de Nova Iguaçu, as investigações dão conta de que o grupo desviou mais de R$ 20 milhões dos cofres públicos.

“Há um ano, a pedido do Ministério Público Federal, começamos a investigar esse grupo empresarial que fraudava contratos de licitação para o fornecimento de merenda. Na apuração dos fatos conseguimos identificar que uma grande empresa mãe utilizava empresas laranjas para firmar os contratos com algumas prefeituras”, explica o delegado.

Ainda de acordo com o chefe da PF de Nova Iguaçu, o grupo, além de fraudar os contratos licitatórios, eles superfaturavam os preços de alimentos e, em alguns casos, deixavam até de entregar os alimentos.

“Neste primeiro momento estamos focando na parte empresarial deste esquema. Mas vamos continuar investigando para tentar apurar a participação de agentes políticos neste negócio. Dos 30 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, 25 já foram cumpridos. Neles, teremos acesso a documentos e computadores que podem contribuir com a investigação. Entre os mandados de prisão também podem estar incluídas grandes quantias de dinheiro”, acrescentou Pereira que não pode informar o nome dos empresários, por decisão judicial.

Agentes foram ao prédio do empresário Antônio Calos Monteiro, na Barra da

As investigações da PF, foram realizadas em conjunto com CGU, CADE, Receita Federal e MPF, em modelo de força-tarefa. Os presos serão indiciados por formação de cartel, crime de licitações e corrupção ativa, dentre outros. Se condenados podem pegar até 17 anos de prisão. Após os procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional do estado, onde permanecerão à disposição da Justiça.

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