Cultura e segurança nas estações de trem

A estação de Japeri será a primeira a receber um centro cultural Reprodução de Internet

A estação ferroviária de Japeri será transformada em um centro cultural. O anúncio foi feito esta semana, durante encontro entre o presidente da Supervia, José Carlos Prober, e o diretor de Operação da concessionária, João Gouveia. O objetivo é articular com a Supervia o aumento da segurança e oferta de cultura nas estações de trem, principalmente da Baixada Fluminense.
Uma das primeiras iniciativas, já concordadas no encontro, foi a proposta da exposição “Ilustres e anônimos”, do fotografo Paulo Santos, ser colocada na Central do Brasil na semana da Consciência Negra. Além deste, a Supervia se comprometeu a criar centros culturais em estações onde houver estrutura, sendo a primeira delas a de Japeri, onde a bilheteria será recuada para que o prédio da estação se transforme em um polo de cultura.
O encontro foi promovido pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – Alerj, André Ceciliano, que encaminhou para o governo do estado um requerimento (nº 3505/2017) de aumento de efetivo de policiais militares para o Grupamento de Policiamento Ferroviário – GPFer – para as mais de cem estações de trens operadas pela Supervia. Estes PMs seriam realocados das UPPs e dos novos 4 mil soldados que integrar a tropa conforme compromisso assumido pelo governador do Rio.
Segundo Adriano Dias, fundador da ONG ComCausa, “como é de conhecimento geral, a questão da violência é endêmica nas regiões de entorno das principais vias de transporte da população. Temos pensar estratégias para diminuir os incidentes”, explica. “Os trens são o principal transporte da população da Baixada, que se vê cada vez mais estrangulada nas rodovias engarrafadas e expostas a ações de criminosos. Mas os serviços devem ser aprimorados e o diálogo com a população ampliado”, finaliza.

Novo horário para estudantes e trabalhadores

Outra solicitação foi a alteração da saída do último trem de Paracambi para às 22h, e para 22h30 saindo de Japeri – com a finalidade de atender os alunos que saem da Fábrica do Conhecimento, além de trabalhadores do comércio destas cidades, que foi atendida pelo presidente da Supervia, José Carlos Prober. O mesmo afirmou já ter sido feito um estudo de viabilidade e é previsto para breve os novos horários.
Com os novos horários dos trens, existe a possibilidade de que mais de mais de 600 alunos passem a estudar na Fábrica do Conhecimento de Paracambi. Hoje, cerca de seis mil estudantes estão matriculados nas instituições como a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), o Instituto Superior Tecnológico de Paracambi, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Química (Cefetq) e o Centro de Educação a Distância do Rio de Janeiro (Cederj).
O diretor de Operação da Concessionária, João Gouveia, afirmou que já foi feito estudo de viabilidade e que os novos horários estão previstos para breve.

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