Abastecimento de água perto de ser regularizado em Mesquita

Jorge Miranda (no centro, abraçado a Waltinho) posou para foto ao lado de secretários e representantes da Cedae
Davi de Castro/Jornal de Hoje

Há quase 50 anos sofrendo com a falta de água nas torneiras, o município de Mesquita começou a receber 20 quilômetros de tubulação para expansão da rede abastecimento da cidade. Isso é resultado da parceria firmada ontem entre a prefeitura e a Companhia de Estadual de Águas e Esgotos – Cedae.
As obras de implantação da nova tubulação começaram ontem mesmo no bairro da Chatuba, na altura da Rua França Leite, e deverão prosseguir por 40 trechos do município, com canos de 700 milímetros, ou seja, quase um metro de diâmetro. Com a expansão, o governo acredita no fim da falta de água na localidade.
O encontro entre o prefeito Jorge Miranda e os engenheiros e técnicos da Cedae, para firmar a parceria, aconteceu na manhã de ontem, na sede da prefeitura, no centro de Mesquita. Da reunião, que durou pouco mais de uma hora, também participaram o vice-prefeito Waltinho Paixão, responsável acompanhamento da obra, e os secretários municipais Cesar Mariano (Obras) e Luney Martins (Urbanismo e Meio Ambiente).
Jorge Miranda e Waltinho, ao final da reunião, gravaram vídeos destinados à população, por meio de redes sociais, informando tudo que a aconteceu e a importância do serviço para tirar do sufoco centenas de famílias que sofrem com a falta ou o abastecimento irregular de água há quase 50 anos nos bairros mesquitenses.
O prefeito disse que a parceria com a Cedae vai permitir a implantação de 20 quilômetros de tubulação, que ocorrerá em diferentes pontos do município, principalmente das regiões onde a situação é mais crítica. Em função desse critério, as obras foram iniciadas ainda ontem, na Rua França Leite, no bairro da Chatuba. A estimativa é que o programa ofereça mais 12 mil litros de água por segundo para o município. “Pedimos paciência da população, diante dos transtornos que, possivelmente, vão ocorrer”, disse Miranda. “A obra terminará em marco de 2018 e, com ela, esperamos que o abastecimento (de água) seja normalizado”, complementou o vice-prefeito Waltinho Paixão.

Problema crônico
Moradora do bairro Cosmorama, Letícia Vieira de Souza, 62 anos, vê o vídeo de Jorge Miranda com Waltinho e comemora. “Em 2017, depois de completar 18 anos de emancipação, a população de Mesquita recebe um dos maiores presentes de sua existência: a expansão do abastecimento de água”. É que o município, apesar de estar entre os menores do estado, com 41 quilômetros quadrados, sempre sofreu com a falta de água, cujo fator se constitui como um dos problemas mais crônicos da localidade, além de ser o mais reclamado pela população. Pois a água costuma ficar três dias consecutivos sem cair nas torneiras, causando muitos transtornos às famílias e ao comércio em geral. Esse fato se repete desde a década de 1970, ocasião da gestão do governador do Rio, Antônio de Pádua Chagas Freitas, quando Mesquita recebeu as primeiras tubulações de água encanada.

 

por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)

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