Parada LGBT de Queimados pode ter motivado ataque a bar

Ataque a bar deixou dois mortos e sete feridos Foto: Reprodução

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga se o ataque a um bar em Queimados, que terminou com dois mortos e sete feridos, foi uma represália de traficantes à realização da Parada LGBT no município. O episódio aconteceu na tarde do último domingo, na Praça do Eucalipto, local em que o evento terminaria. A hipótese foi levantada por uma testemunha que prestou depoimento.

Segundo informações da testemunha, os organizadores pediram autorização para os traficantes do Morro do Simão, em Queimados, para realizarem o evento, o que foi negado. Os criminosos, então, ordenaram um “banho de sangue” para “mostrar quem manda no lugar”. O local do ataque, ainda de acordo com o relato à polícia, foi escolhido pelos criminosos aleatoriamente.

A concentração para a Parada LGBT começou às 14h, na Avenida Camorim, em Queimados. O planejado era que os participantes seguissem até a Praça do Eucalipto, o que não ocorreu. O ataque no local ocorreu por volta das 15h30.

Um dos organizadores do evento, Haroldo Well, negou que tenha havido qualquer pedido de autorização para traficantes do município. Ele alegou ainda que o ataque não teve ligação com o evento.

“Não pedimos nenhuma autorização para o tráfico. Não tem cabimento pedirmos nada a bandidos. O nosso evento foi maravilhoso e contou com a presença de milhares de pessoas. Não tivemos nenhum problema”, afirmou Well.

A hipótese de represália à Parada LGBT é uma das linhas de investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, que ainda não descarta outras hipóteses para o crime.

Por volta das 15h30 do último domingo, criminosos passaram atirando contra os frequantadores de um bar na Praça do Eucalipto, no Centro de Queimados, na Baixada Fluminense. Segundo testemunhas, os bandidos estavam em dois veículos. Eles chegaram a fazer disparos para o alto antes de atirar nas vítimas. Um dos sete feridos é o dono do estabelecimento. Ramon de Souza Sarmento foi ferido no pé e levado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu.

Edézio Virgílio da Cruz Prado morreu no local. Já Maurício dos Santos Jesus Nascimento chegou a ser levado para a UPA de Queimados, mas não resistiu.

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