O sargento da PM Marcelo da Silva Galvão, de 45 anos, foi morto, em Queimados. Ele estava a mais de dez anos na corporação, era casado e deixou duas filhas
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A violência contra policiais militares no Rio não para. Em menos de 24 horas, o estado registrou dois homicídios: um na Ilha do Governador e o outro em Queimados. Com as duas mortes, já chega a 107 o número de PM’s assassinados só este ano. As delegacias de homicídios da Capital e Baixada Fluminense investigam os dois crimes e tentam identificar os criminosos.
O primeiro caso aconteceu na noite da última terça-feira. O sargento Marcelo da Silva Galvão, de 45 anos, foi morto em Queimados. Lotado no 24º BPM (Queimados), Galvão foi abordado por bandidos na Rua Major Ávila, no Jardim Alzira, por volta das 20h10, e assassinado a tiros. A informação foi confirmada pela Polícia Militar. De acordo com testemunhas, dois homens em uma moto abordaram o sargento e dispararam várias vezes contra a vítima, que morreu na hora. Os bandidos teriam atirado pelo menos 15 vezes, mas a PM não confirmou a informação. Os criminosos levaram a arma e a motocicleta de Galvão, que não estava de serviço. O caso foi registrado primeiro na 55ª DP (Queimados) como latrocínio (roubo seguido de morte) e encaminhado à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
O sargento Marcelo estava a mais de dez anos na corporação. Era casado e deixou duas filhas. Segundo informações de um cunhado, que não quis se identificar, o policial não andava armado, pois a arma estava apreendida porque o militar estava passando por tratamento psiquiátrico.
Ainda de acordo com informações de parentes, dois homens numa motocicleta CG, sem placa, levaram a moto do policial, que não teria reagido. Há possiblidade de que o PM tenha sido reconhecido como militar. Os bandidos ainda tentaram fugir na moto que usaram para cometer o crime, mas a mesma enguiçou e foi abandonada no local. O corpo do policial foi sepultado ontem à tarde (11) no Cemitério Municipal de Queimados.
Já na Ilha do Governador, um policial militar foi morto, na manhã de ontem (11), na Rua Ambaitinga, na Praia da Bandeira. O corpo de Marco dos Santos Bernardo de Lana foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) após ser encontrado dentro de seu carro. Até o momento, nenhum suspeito foi preso. Marco era lotado no 4º BPM (São Cristóvão), mas atuava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju. De acordo com a Civil, a DH procura testemunhas e imagens de câmeras de segurança para tentar identificar e localizar os suspeitos. A PM, por meio da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), destacou que está prestando assistência à família do policial.
Bernardo de Lana estava chegando em casa, voltando do serviço, quando foi morto. O policial tinha 8 anos de corporação. Casado, o PM deixa duas filhas, de 5 e 3 anos.
Abalado, um tio da vítima, Sérgio da Silva Alexandre, desabafou sobre a perda e culpou os governantes pelas mortes de policiais. “As autoridades estão brincando com a vida de nossos entes queridos”, lembrou.